O discurso racista, homofóbico e contra as minorias de Jair Bolsonaro não causa espanto apenas nos brasileiros que refutam seu posicionamento autoritário e carregado de preconceitos. Fora do país, o mandatário do Executivo também tem sido usado como exemplo de atraso. No domingo (14), quem o ironizou foi o presidente da Espanha, Pedro Sánchez, ao citá-lo para criticar o avanço da extrema direita em seu país.
Sánchez usou um jogo de palavras entre o sobrenome Bolsonaro e o nome do partido de ultradireita Vox ao avaliar o avanço de ideais retrógrados propagados pela oposição espanhola. “São os voxonaros de Espanha”, disse, durante a apresentação do orçamento para o Conselho de Ministro da Espanha.
O premiê do país europeu prosseguiu seu posicionamento atacando a visão de mundo ultrapassada de seus adversários, muitas delas similares ao que pensa o radical que governa o Brasil. “O futuro nunca será dominado por aqueles que estão ancorados no passado. Eles estão colocando em questão avanços que levamos séculos para conquistar. No século 21, quem escolhe a mulher como adversária certamente perde”, afirmou Sánchez.
Avanço preocupa
O partido Vox ganhou destaque nas eleições da Andaluzia, em dezembro de 2018, quando elegeu 12 deputados com discurso nacionalista e contra a imigração, a lei da memória histórica e a lei contra a violência de gênero; além de exaltar forças de segurança e ao Exército.
A ascensão do partido preocupa a liderança de Pedro Sanchez, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que pode enfrentar eleições antecipadas neste ano. Para o premiê, no entanto, suas contas são “um projeto de transformação da sociedade” frente a uma direita “que está em bancarrota ideológica”: “Que esperem sentados, vamos governar até 2020”.
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações do El País