O senador Humberto Costa (PE), integrante da Executiva Nacional do PT e líder do Governo da presidenta eleita Dilma Rousseff no Senado, declarou nesta segunda-feira (16), após participar da primeira reunião do partido depois de o Senado afastar a presidenta da República, que o PT começou a se articular para fazer forte oposição aos “golpistas que tomaram de assalto o Palácio do Planalto”, comandados pelo presidente golpista Michel Temer (PMDB).
Segundo o parlamentar, o encontro da Executiva, que é realizado, nesta segunda, na sede do partido em Brasília, já resultou em dois consensos sobre o governo golpista de Temer. O primeiro é de que é ele muito frágil e já demonstrou caráter antipopular gritante. O segundo é de que PT e sua militância vão continuar a luta para eliminar, de vez, essa tentativa de golpe.
Humberto acredita que a população já está insatisfeita com as primeiras movimentações do governo golpista e que esse quadro de insatisfação foi percebido durante o fim de semana, quando foram registradas “várias manifestações espontâneas pelo país pedindo a saída de Temer”. Em São Paulo, por exemplo, mais de 10 mil pessoas foram às ruas protestar.
“O governo interino de Temer não é afeito à diversidade e está comprometido com a retirada de direitos sociais conquistados ao longo dos últimos anos. Há grande expectativa no PT de que se possa fazer com que o Senado evite, no processo final do julgamento, o afastamento definitivo de Dilma Rousseff”, afirmou.
A partir de agora, o Senado vai ter uma comissão processante responsável pela análise do mérito das acusações contra a presidenta legítima Dilma Rousseff. O colegiado tem até 180 dias para finalizar os trabalhos e decidir se afasta ou não a presidenta da República de forma definitiva. Nesse contexto, o parlamentar avalia que as grandes manifestações de massas são fundamentais para poder mudar o pensamento dos senadores.
O Diretório Nacional do PT vai se reunir nesta terça-feira (17), também em Brasília, para discutir a atual conjuntura. Ao final do encontro, o partido deverá divulgar um documento com as diretrizes de ação para a militância.
Da Redação da Agência PT de Notícias