No domingo (4), milhares de pessoas foram às ruas em todo o Brasil para protestar contra o governo usurpador de Temer Golpista e pedir eleições diretas. Em São Paulo, pelo menos 100 mil pessoas marcharam da Avenida Paulista até o Largo da Batata, em Pinheiros.
No final do trajeto, a Polícia Militar de São Paulo repetiu as cenas de repressão iniciadas na semana passada. As agências BBC, Reuters, os jornais El País e Washington Post, além da revista Time denunciaram a violência contra os manifestantes.
“Brasil: Polícia usa gás lacrimogêneo em protesto pró-Dilma”, noticiou a “BBC Mundo“.
A agência britânica menciona que um número recorde de manifestantes foi às ruas no sétimo dia de protestos contra Temer Golpista.
“O ato começou pacificamente, mas a polícia usou gás lacrimogêneo, estourou granadas e usou jatos de água (…) Muitas pessoas ficaram feridas, incluindo um repórter da BBC”, cita o texto.
O jornalista Felipe Souza, da BBC, foi agredido pela PM.
“Identificado com colete e crachá da BBC Brasil, levantei minhas mãos e me identifiquei como imprensa. Mesmo assim, os policiais avançaram contra mim enquanto gritavam para eu sair da frente. “Sai da frente! Vaza, vaza!”, diziam ao menos quatro policiais pouco antes de me atingir com golpes de cassetete no antebraço direito, na mão esquerda, no ombro direito, no peito e na perna direita”, contou o repórter.
Para a “Reuters“, a notícia foi: “Polícia usa gás lacrimogêneo no domingo para dispersar centenas de manifestantes no fim de um protesto pacífico”.
“Apesar de Golpista ter se referido aos protestos anteriores como ‘pequenos grupos de 40 a 100 pessoas’, no domingo enfrentou 100 mil pessoas furiosas contra um governo que chegou ao poder somente após destituir a presidenta eleita”, escreveu o espanhol “El País“.
O jornal noticiou ainda que havia crianças, jovens de movimentos sociais e pessoas mais velhas. “Convocados pelas organizações sociais de esquerda Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, lotaram a Avenida Paulista a partir das 6 da tarde e percorreram quase 5 quilômetros até o Largo da Batata”.
“El País” afirmou ainda que seis de seus repórteres que acompanhavam o ato observaram que a manifestação estava pacífica até a PM atacar.
Nos atos, os participantes pediam por eleições diretas porque Golpista não foi eleito presidente e está no poder após um impeachment sem crime de responsabilidade. Na sexta-feira (2), a Executiva Nacional do PT fez sua primeira reunião após o golpe e concluiu que todos os esforços devem se centrar na recuperação da democracia no país.
Veja ataque da polícia brasileira a protesto contra o impeachment é o título de “Washington Post“. O texto relata que o domingo em que as pessoas pediam por novas eleições acabou em violência e brutalidade policial.
“Demonstrações de paz acabaram quando a polícia usou gás lacrimogêneo, granadas de atordoamento e canhões de água para dispersar a multidão”, informou o site da revista.
Da Redação da Agência PT de Notícias