Da Redação, Agência Todas, com informações do G1
A Justiça do Rio de Janeiro revela que os registros de violência doméstica aumentaram 50%, durante o período de confinamento. A maioria é de mulheres vítimas de violência. A juíza Adriana Mello informou que 70 a 80% do plantão do judiciário são de mulheres em busca de todas as formas de medidas protetivas.
“Nenhuma mulher é obrigada a viver confinada com o agressor. A PM do Rio, a patrulha Maria da Penha e delegacias permanecem funcionando para atender esses casos”, orienta a juíza da Vara de Violência Doméstica, Adriana Mello.
Apesar de a China já ter registrado situação semelhante, o aumento desse tipo de demanda surpreendeu as autoridades do judiciário no Rio.
“Em situações de crise, a realidade da violência contra a mulher fica ainda mais evidente. Vamos seguir na defesa de políticas para proteger as mulheres e cobrar do Estado ações específicas voltadas para esse tipo de situação”, afirma Anne Karolyne, secretária nacional de mulheres do PT.
A juíza Adriana Mello orienta ligar para 190 e acionar a PMERJ.
Mulheres contra a violência doméstica no Rio
No final de 2019, a deputada estadual Zeidan, PT-RJ, foi relatora da CPI do Feminicídio que apresentou diversas medidas para combater a violência contra a mulher no estado. O documento tem cerca de 600 páginas e conta com 126 recomendações que deverão ser aplicadas por órgãos do Judiciário, dos Poderes Executivos municipais e estadual e do Poder Legislativo. Também foi proposta a criação de cinco projetos de leis e três indicações legislativas. “Não é pouca coisa. Precisamos fazer cumprir a lei, principalmente no que diz respeito às medidas protetivas para a mulher vítima de violência, que precisa ser acolhida e se sentir segura”, afirmou Zeidan.