Jair Bolsonaro, que embarcou pela primeira vez para fora do Brasil em seu mandato, já está passando vergonha também fora do Brasil.
Na tarde desta segunda-feira (21), um grupo que reuniu brasileiros e suíços foi ao hotel em que estava a comitiva de Bolsonaro, em Zurique, com laranjas, em referência ao amigo da família Fabrício Queiroz, que movimentou cerca de R$ 7 milhões em três anos e está ligado a Flávio, um dos filhos de Jair.
Os manifestantes enviaram ainda uma cesta de laranjas com um cartão de boas-vindas e lamentando a ausência de Fabrício Queiroz na viagem. O presente foi entregue ao concierge do hotel, que informou que foi entregue a Bolsonaro assim que ele chegou ao local.
Antes mesmo de abrir a boca no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, Boslonaro já era persona non grata no Fórum Econômico Mundial .Neste final de semana, sindicatos suíços e ativistas foram às ruas com cartazes contra Bolsonaro e também contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Em um dos cartazes é possível ver uma foto dos dois com a mensagem: “not welcome” (não são bem-vindos).
Grupos de brasileiros que estão na Europa também se pronunciaram. O Coletivo GRITO, grupo Brasil pela Democracia – Suíça, Comitê Lula Livre em parceria com o Solidarités e outras organizações se reuniram na Place de la Navigation para uma manifestação contra os governos autoritários mundiais e por uma economia sustentável.
Bolsonaro, subserviente a Donald Trump e que fazia planos para encontrá-lo em Davos, terá que lidar com a frustração de não ver seu mito. O presidente americano, e também líderes de outros locais como França e Reino Unido cancelaram suas participações de última hora.
A “comitiva” de Bolsonaro conta com Sérgio Moro, que curiosamente não se pronuncia mais sobre escândalos de corrupção, do chanceler Ernesto Araújo – conhecido por comentários “delirantes”, e com seu filho Eduardo Bolsonaro, que, mesmo não estando na programação oficial, disse em seu Twitter que também falará em Davos sobre Venezuela.
Outro fato curioso da visita de Bolsonaro a Davos foi sua coletiva de imprensa, marcada para terça-feira (22) ter “sumido” da programação oficial. Jair, que não recebe a imprensa de seu país e não dá explicações sobre os escândalos que envolvem sua família, também vai se calar em território internacional mostrando bem o seu caráter antidemocrático já peculiar.
Da Redação da Agência PT de Notícias