A famigerada taxa de juros de 13,75% ao ano, mantida pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), deve fazer com que as vendas do Dia das Mães de 2023, celebrado em 14 de maio, sofram queda de 4,1% em relação ao ano passado.
Segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o volume de vendas do varejo deve ser de R$ 13,17 bilhões, ante os R$ 13,73 bilhões de 2022. Se confirmado, o valor será o menor nos últimos três anos.
Vendas menores significam também menos empregos temporários criados. Em 2022 foram abertas 23,7 mil vagas, número que deve ser reduzido para 21,9 mil.
E a culpa, afirma a CNC, é da política monetária do BC. Segundo a entidade, a Selic alta faz com que os juros cobrados do consumidor também aumentem, o que prejudica o comércio. “As condições de consumo se mostram desfavoráveis à ampliação das vendas nesta data em virtude do aumento dos juros na ponta ao consumidor”, afirmou a confederação.
O próprio BC aponta que a taxa média de juros ao ano para pessoas físicas estava em 58,3% ao término do primeiro trimestre deste ano, o maior índice nos últimos cinco anos e meio. Tal percentual prejudica especialmente setores do comércio mais dependentes de financiamento.
Negacionismo econômico
Por ser hoje o maior inimigo do crescimento econômico do Brasil, Roberto Campos Neto tem sido criticado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pela presidenta Nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, e por outras lideranças do Partido dos Trabalhadores.
O presidente do BC insiste em manter a Selic de 13,75% e continuar estrangulando a economia mesmo com a inflação já em queda e praticamente dentro da meta. “Quanto já custou ao país o negacionismo econômico de Campos Neto?”, indagou Gleisi na quarta-feira (3). “Quantos empregos, empresas falidas, famílias destruídas? A vacina sempre esteve ao alcance do Copom, mas insistem nos juros genocidas. Até quando ficarão impunes?”
Da Redação