A Vigília Lula Livre em Curitiba recebeu na tarde desta terça-feira (17) a visita solidária de lideranças argentinas que vieram apoiar o ex-presidente Lula. Raul Montenegro, prêmio Nobel Alternativo; Cecília Merchan, deputada do Parlasul; e José Schulman, da Liga Argentina de Direitos Humanos, manifestaram preocupação com a perseguição judicial a Lula e a outras lideranças latino-americanas.
“No Brasil estão dando três golpes: da Justiça, do Parlamento e dos meios de comunicação“, disse Montenegro. Ele apontou a simultaneidade de ações antidemocráticas em vários países da América Latina. “Já não são as armas e os fuzis, mas as rádios, as estações de TV e os parlamentos”, disse.
Montenegro considera extremamente grave o que está acontecendo com o presidente Lula, pois ameaça a todos. “Quando Lula cai como preso político, com tudo o que ele tem por trás, com os 30 milhões que deixaram de ser pobres, quer dizer que qualquer pessoas no Brasil pode ir presa inventando-se algo que não existe”, afirmou.
O argentino disse representar em Curitiba todos os prêmios Nobel Alternativos, como Leonardo Boff, Chico Whitaker e Martin Almada. “Estamos longe do Brasil, mas bem pertinho pois nos preocupa que o que acontece aqui venha a nós atingir também”, afirmou.
Montenegro considera que o que está sendo feito pela direita no Brasil é um experimento que, se for bem sucedido, ameaçará todo o continente. “Para certos setores da sociedade, defender direitos é o pior crime que se pode cometer”, disse.
“Essa direita que não quer que as pessoas se expressem e tenham melhores condições de vida querem Lula preso”, afirmou Montenegro. Ele citou o poeta Atahualpa Yupanki, para inspirar a resistência coletiva: “Uma gota de chuva junto a outras torna-se uma tormenta”.
Por Luis Lomba, da Agência PT de Notícias