Foram oito dias, 21 cidades entre os vales do Rio Doce, Mucuri e Jequitinhonha, muita emoção, histórias de transformação de vida com os governos do PT. Lula provou que o povo segue ao seu lado e não é por acaso que lidera em todas as pesquisas de intenção de voto. A Caravana percorreu boa parte do centro e norte de Minas Gerais, terminando em Belo Horizonte, e contou com a presença da presidenta eleita Dilma Rousseff e do governador Fernando Pimentel.
Confira abaixo o material da Agência PT, que fez uma cobertura completa, com duas equipes: uma acompanhou o comboio presidencial, a outra seguiu alguns dias à frente colhendo histórias e personagens do povo mineiro, ansioso pela chegada do ex-presidente e grato por tudo que ele fez pelo Estado. Reveja, dia a dia, toda a cobertura da viagem de Lula por Minas Gerais.
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O terceiro dia de caravana Lula pelo Brasil, etapa Minas Gerais, foi marcado por paradas em diversas cidades mineiras. O ex-presidente Luiz Inácio Lulada Silva foi recepcionado pelo povo em Catuji, Padre Paraíso, Ponto dos Volantes, Itaobim, Itinga e Araçuaí.
Em Itinga, Lula teve um reencontro com a história. Na cidade, ele construiu, logo no início do primeiro mandato como presidente da República, uma ponte que liga os dois lados do município. No carro de som, Lula ouviu, emocionado, o relato do balseiro Eraldo Vieira de Sousa, conhecido como Mineiro.
“A gente atravessava no remo. Lula chegou aqui, a primeira vez, a gente tava com a balsa novinha e ele disse: quero atravessar na balsa!. Aí eu atravessei ele na balsa. Eu trabalhei 30 anos para poder aposentar, aposentei na balsa”, contou o balseiro.
“Antes de Lula era ruim, viu? Naquela época a gente não podia comprar nada. Depois que Lula entrou na Presidência todo mundo melhorou. Antes, a gente chegava com um doente no carro, era muito difícil, né?”, lembrou, ao contar que pessoas doentes chegaram a morrer na travessia do rio de balsa.
Inaugurada por Lula e de extrema importância para a região, a ponte do Rio Itinga, em Minas Gerais, foi entregue em 2004, na região do Vale do Jequitinhonha, após a chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, em 2003. Após a construção da ponte sobre o Rio Itinga, as populações carentes das duas regiões foram integradas pelo acesso que unificou a cidade mineira.
A senhora Ana de Oliveira também esteve nas ruas de Itinga para ver o ex-presidente Lula de perto. Ela contou como a chegada da ponte mudou a vida dos moradores da região e fez, emocionada, um relato pessoal.
“Eu sou muito grata a Lula por essa ponte, porque a gente vivia isolado, parecendo bicho. Minha mãe morreu no meio do rio, na balsa furada. Eu sou grata a Lula pelo resto da minha vida porque tenho certeza que a mãe de ninguém vai morrer numa balsa”, contou.
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Ainda em Itinga, o estudante André Borges estava com um grupo de amigos para ver a passagem de Lula na cidade. “Estamos aqui comemorando a vinda do ex-presidente Lula”, disse, com a placa “meu primeiro voto vai ser Lula 13 em 2018”.
“Essa ponte foi uma coisa muito boa. Não tem como explicar tanta emoção que essa ponte trouxe para nós. Essa ponte trouxe muita amizade do lado de lá e do lado de cá”.
Durante a tarde, debaixo de forte calor, Maria dos Anjos esteve em Padre Paraíso para ver a caravana do ex-presidente passar.
‘Ficou muito claro para nós que Lula foi, é e será o melhor presidente que esse Brasil já teve. O Lula não precisa de nós. Nós é que precisamos de Lula”.
Por Clarice Cardoso e Mariana Zoccoli, enviadas especiais à Minas Gerais para a caravana Lula pelo Brasil, para a Agência PT de Notícias
Inaugurada por Lula em 2004, a Ponte de Itinga unificou a cidade que fica no interior de Minas Gerais. Antes, com a caravana da cidadania, o ex-presidente viu a vontade e as necessidades que os moradores tinham para mudar a realidade e atravessar o rio. A Agência PT esteve na região, conversou com as pessoas e mostra um pouco dessa história! Veja no vídeo!Acompanhe a cobertura completa da Agência PT de Notícias: http://bit.ly/2yErqoI#LulaPeloBrasil #LulaPorMinasGerais
Publicado por Partido dos Trabalhadores em Segunda, 23 de outubro de 2017
Inaugurada por Lula e de extrema importância para a região, a ponte do Rio Itinga, em Minas Gerais, foi entregue em 2004, na região do Vale do Jequitinhonha, após a chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, em 2003. Após a construção da ponte sobre o Rio Itinga, as populações carentes das duas regiões foram integradas pelo acesso que unificou a cidade mineira. Agora, anos depois, Lula volta ao local com a caravana Lula pelo Brasil, nesta quarta-feira (25), para ver, de perto, como a construção beneficiou a vida do povo no local.
Na época da inauguração, em homenagem ao ex-presidente, a Câmara dos Vereadores de Itinga sugeriu colocar o nome da ponte de Lula. No entanto, o ex-presidente sugeriu que a construção levasse o nome de um barqueiro da cidade, Britanil Dias Pereira, conhecido como Til Nil, que passou grande parte de sua vida transportando pessoas de um lado para o outro do rio em uma canoa, e hoje, é reconhecido pela sua dedicação ao povo da região.
As irmãs gêmeas Rayane e Raíssa Chaves, hoje com 18 anos, estavam na inauguração da ponte por Lula em 2004 e chegaram a se aproximar do então presidente, que as pegou no colo, e dali em diante, marcou suas vidas com a principal mudança feita na cidade.
“Para mim e minha irmã foi uma emoção. Entre milhares de pessoas, a gente conseguiu se aproximar e abraçá-lo”, conta Rayane.
As duas já gostavam de Lula desde muito novas e contam que até brincavam jogando panfletos em época de eleição. “A gente acordava de manhãzinha, pegava os panfletos e soltava na rua gritando ‘É lula, é Lula, é Lula de novo, vota em Lula’, conta Raíssa.
“Nós queríamos ver Lula na Presidência e a gente achava que entregando os panfletinhos para o povo, ele ia ganhar e ia ser presidente”, completa Rayane. “Desde criancinha, eu ouvi minha mãe falar de Lula, eu cresci ouvindo falar dele, então cresci gostando e admirando”.
Para as duas, a ponte transformou a vida na cidade. Segundo Raíssa, “sem essa ponte, a gente estava até hoje vindo de barco, sem transporte. Era difícil, não eram muitas pessoas que tinham dinheiro para pagar o barco e vir para o lado de cá”, afirma.
As dificuldades de locomoção eram um tormento na vida dos moradores. O acesso ao comércio para a compra de alimentos dependia de uma demorada travessia pelo Rio, ou seja, a economia da região era totalmente ligada ao outro lado da cidade.
O comerciante Lacir Barbosa de Almeida é prova de que a ponte não apenas integrou a cidade, mas acabou estimulando o comércio na região. “Antes a gente trabalhava com gêneros alimentícios, mas com a chegada da ponte surgiram mais oportunidades, a cidade abriu-se para o mundo, um leque muito bom, e com isso vieram empresas de fora”, relembra.
Segundo Lacir, a ponte foi um ganho não só financeiro, econômico, mas de integração social muito grande. “A chegada da ponte acabou unificando a cidade. Tinha moradores que moravam de um lado e não conheciam o outro. Parecia que eram duas tribos, cidades distintas”, diz.
Não só na questão de comércio, mas a saúde e educação, primordiais na vida da população, eram cheias de obstáculos. Na região havia um hospital acessado unicamente por balsa. Era comum que mulheres gestantes, por exemplo, dessem à luz durante a travessia.
Antes da construção da ponte de Itinga, o rio Jequitinhonha também ceifava vidas, como relata Lacir. “Também tivemos vários acidentes de pessoas atravessando o rio em balsas, carros caíam dentro da água, morreram crianças dessa forma. Não dá pra se medir o valor desse patrimônio que Lula trouxe para gente, tanto que a gente defende ela de unhas e dentes. Só a gente sabe o que a gente sofreu sem a ponte nesta cidade”, declara.
O professor Antônio Evangelista Gusmão trabalhou por dez anos atravessando diariamente o rio para lecionar do outro lado da cidade e relata os tempos difíceis. “A gente tinha que sair de casa com muito mais tempo devido ao horário da escola e também devido ao perigo dessa canoa virar, de ter algum acidente durante o percurso”.
Ele também afirma que a Ponte de Itinga trouxe melhorias econômicas e sociais para a cidade. “Na realidade, existia uma diferença pela dificuldade de uma integração de um lado com outro, alguns cobravam por isso e algumas pessoas não atravessavam devido a ter que pagar a passagem. Com a chegada da ponte, a gente teve essa melhoria econômica, financeira da cidade, a integração do pessoal. Hoje, as pessoas têm a liberdade de ir e vir”, explica.
A lavradora Maria Angélica Paranha conta que, antes da ponte, a dificuldade era maior até para realizar atividades de militância. Participante das comunidades eclesiais de base e do sindicato rural, ela relata que prefeitos de direitas chegavam a impedir a travessia de militantes.
“A maior dificuldade que a gente enfrentava era para sair da zona rural até a cidade. A travessia do rio Jequitinhonha era canoa e quando o rio enchia não dava para atravessar, tinha que andar um quilômetro dentro da água para chegar aonde dava para descer do barco”, diz.
Segundo a agricultora, era uma canoa usada por toda população, e isso implicava por conta de ser a única alternativa não-paga. “A gente tinha a dificuldade financeira, porque tinha que pagar para pegar a balsa ou o barco. A balsa era comandada pelo poder público e muitas vezes só atravessava quem o prefeito queria. Como a gente era de esquerda, de igreja, de sindicato, aí não atravessava mesmo”.
Por Pedro Sibahi, enviado especial à caravana Lula pelo Brasil em Minas Gerais, para a Agência PT de Notícias
Com a criação do Mais Médicos pela presidenta Dilma Rousseff, em 2013, milhões de brasileiros passaram a ter acesso a médicos nas mais diversas cidades do Brasil. Em Araçuaí, interior de Minas Gerais, onde Lula estará na quarta-feira (25), com a caravana #LulaPeloBrasil, as pessoas contam como esse programa mudou a vida do povo na região. Veja no video!Acompanhe a cobertura completa da Agência PT de Notícias: http://bit.ly/2yErqoI#LulaPorMinasGerais
Publicado por Partido dos Trabalhadores em Terça-feira, 24 de outubro de 2017
A chegada de cinco médicos no sistema de saúde pública mudou o acesso à saúde da população de Araçuaí. Localizada no norte de Minas Gerais, a cidade de 37 mil habitantes foi beneficiada pelo programa Mais Médicos, criado pela presidenta eleita Dilma Rousseff, em 2013.
São quatro médicos cubanos e um brasileiro que passaram a atender a zona rural do município, relata o prefeito da cidade Armando Paixão (PT). Araçuaí receberá a visita do ex-presidente Lulacomo parte da caravana Lula Pelo Brasil no Estado. A viagem de Lula começa no dia 23 de outubro e termina no dia 30, em Belo Horizonte.
Os médicos vivem no centro urbano da cidade e a prefeitura é responsável pelo deslocamento dos profissionais para os postos de atendimentos nas comunidades rurais. “Nós levamos o médico, a enfermeira e o técnico, cada dia numa zona diferente”, explica Paixão. São 70 comunidades rurais na cidade.
Segundo Paixão, a população está muito satisfeita com o atendimento, sobretudo pela formação humana que os médicos cubanos possuem. “Os médicos cubanos têm formação mais humana, mais próxima da população, escutam e acolhem mais as pessoas, dão um atendimento melhor”, explica. “O pessoal está maravilhado.”
Segundo o prefeito, se o paciente tiver algum problema de locomoção, os médicos prestam o atendimento na própria residência.
O programa não foi o único que beneficiou a cidade. Paixão lista as mudanças que a região viveu durante as gestões do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff. O Luz Para Todos, por exemplo, levou luz para as casas na zona rural que não tinham energia. Outro programa que ajudou as famílias camponesas foi o Minha Casa, Minha Vida, que levou casas de alvenaria para famílias que antes moravam em residências de pau a pique.
Além disso, mais de mil pessoas foram atendidas pelo Brasil Sorridente, de cuidado odontológico. Os pequenos produtores também tiveram o acesso ao crédito ampliado para investir na produção.
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Máquinas permitiu a melhoria das estradas. “Encascalhamos os trechos piores, e nas regiões mais secas, fizemos represas para os animas e plantas”, diz. Também foram instaladas cisternas, já que a região sofre com a seca.
Da Redação da Agência PT de Notícias
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, nesta quarta-feira (25), em Araçuaí, durante a caravana Lula Pelo Brasil, etapa Minas Gerais, a decisão da Câmara dos Deputados de salvar o presidente golpista Michel Temer de ser investigado pelos atos de corrupção.
“Acabei de saber a notícia que Temer ganhou na Câmara dos Deputados o direito de continuar na Presidência da República. Veja o absurdo. Eu, quando eu saí da Presidência, tinha Deputados do PT que queriam que eu fizesse um terceiro mandato, que eu mandasse pro Congresso Nacional uma lei pedindo para que eu ficasse mais um mandato. Eu, em nome da democracia, da alternância de poder, porque eu não acredito que exista homem insubstituível, resolvi deixar a Presidência da República e lançar pela primeira vez o nome de uma mulher para ser candidata”, disse.
Em votação nominal, o plenário da Câmara decidiu pela não aceitação da denúncia do ex-procurador-GeralRodrigo Janot nesta quarta-feira (25) contra o presidente usurpador Michel Temer (PMDB).
O placar, dessa vez, foi de 251 a favor de Temer e 233 contrários. Em agosto, Temer havia conquistado 263 favoráveis, e 227 contrários.
Lula lembrou que saiu do poder com 87% de avaliação como bom ou ótimo, 10% de regular e apenas 3% de ruim ou péssimo.”O Temer hoje tem 97% do povo que não quer que ele continue na Presidência da República. Ele só tem 3% de aceitação, que deve ser na casa dele. E vocês sabem quanto que ele gastou correndo deputado para ficar na Presidência? Já são 30 bilhões de reais que ele gastou”.
“Vocês sabem quanto custou a Transposição? Apenas 9 bilhões de reais para levar água para 12 milhões de nordestinos. E ele gastou 30 bilhões de reais para ficar no governo até 2018. Depois dizem que a Lava Jato tá combatendo a corrupção, quer moralizar esse país, está tentando acabar com a corrupção. Se ela tivesse querendo acabar com a corrupção, a gente não tinha a corrupção no Congresso Nacional para aprovar a sobrevivência do Temer”, completou Lula.
Durante o ato ao público, que contou com homenagens ao ex-presidente com coral, mulheres do campo, músicas, depoimento de estudantes e outras pessoas beneficiadas por programas dos governos Lula, ele agradeceu às 10 mil pessoas que estiveram no local para acompanhá-lo.
“Vocês não têm dimensão do que significa para mim uma menina pobre, filha de um cortador de cana poder chegar a universidade, se formar e hoje estar fazendo mestrado. A demonstração disso é de que não existe limitação para um ser humano. Todo mundo é inteligente. O que precisamos é garantir que todo mundo coma a quantidade de calorias necessárias para a sobrevivência. Precisamos criar oportunidade para que todas as pessoas possam disputar a mesma vaga em igualdade de condições”.
“Eu não quero tirar nenhuma pessoa rica da universidade com as cotas, com o ProUni, com o Fies ou com o ReUni. A única coisa que eu quero é que uma filha de uma cortadora de cana tenha a mesma oportunidade de sentar no mesmo banco da escola de uma pessoa rica. É que as pessoas disputem as vagas com as mesmas condições”, afirmou.
Em um discurso cheio de agradecimentos ao ex-presidente Lula, Armando Paixão, prefeito de Araçuaí, disse que a cidade vive uma “noite muito especial”. “Nesse momento, queria agradecer as pessoas que gostam de cuidar de gente, que gostam do ser humano. Lula transformou a região, trouxe esperança. Esse homem que está aqui, hoje quero agradecer o que o senhor fez pelas pessoas da minha cidade e da minha região. É por isso que o povo está unido”, disse.
Por Clarice Cardoso e Mariana Zoccoli, enviadas especiais à Minas Gerais para a caravana Lula pelo Brasil, para a Agência PT de Notícias