Primeiro, vamos lembrar o que a gente já sabia. Bolsonaro só ficou “bonzinho” antes das eleições. Depois do dia 30, todas as maldades voltarão: preço da gasolina vai voltar a subir, o auxílio de R$ 600 vai acabar e por aí vai.
Agora, uma coisa que a gente não sabia. Bolsonaro quer fazer uma maldade ainda muito pior contra o povo: destruir o salário mínimo.
O jornal Folha de S. Paulo conseguiu a cópia de uma lei que o ministro da Economia, Paulo Guedes, quer mandar para o Congresso Nacional “no dia seguinte à eleição”.
A lei é uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que muda a forma de aumentar o salário mínimo. Em vez de reajustar de acordo com a inflação, o governo passaria a considerar a meta de inflação do ano seguinte.
E o mesmo valeria para o reajuste de aposentadorias e pensões do BPC (Benefício de Prestação Continuada).
Mínimo hoje seria de apenas R$ 1.138,50
É isso mesmo que você leu! Bolsonaro não quer dar nem a correção da inflação.
A própria Folha fez as contas para mostrar o que isso significa. Graças à regra atual, no começo de 2022, o salário mínimo passou de R$ 1.100 para R$ 1.212 porque a inflação foi de 10,16%.
Se a regra que Bolsonaro e Guedes querem criar valesse, o aumento poderia ter sido de apenas 3,5%. Ou seja, o salário mínimo seria hoje de R$ 1.138,50.
Repare na desumanidade. Alimentos subindo cerca de 15% e o salário aumentando só 3,5%. A situação dos 38% dos trabalhadores e dos 22 milhões de aposentados que ganham o mínimo estaria ainda pior.
A sorte do povo é que no próximo dia 30 tem eleição. Poderemos derrotar Bolsonaro, que odeia os pobres, e eleger Lula, que vai aumentar o salário mínimo acima da inflação todos os anos, como fazia quando era presidente.
Da Redação