Preço dos alimentos não para de subir e alta em 12 meses beira os 15%

Segundo o IBGE, inflação do segmento alimentos e bebidas acumula alta de 14,72% nos últimos 12 meses. Em julho, 12 dos 13 itens da cesta básica subiram

Agência Brasil/Site do PT

Deflação para quem?

O preço da comida não para de subir no país, e a inflação de alimentos e bebidas já se aproxima dos 15%, mostram dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (9).

Embora Jair Bolsonaro tente convencer a população de que a deflação registrada no IPCA em julho seja um sinal de que a economia está melhorando, o dia a dia da população mostra o contrário.

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Tanto que dos nove segmentos analisados para calcular a inflação, apenas dois (habitação e transportes) apresentaram queda nos preços, puxados pela redução dos combustíveis e da energia elétrica.

Os outros sete (alimentação e bebidas, artigos de residência, vestuário, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação e comunicação) subiram, sendo a maior variação justamente nos alimentos: 1,30%.

Com isso, o segmento alimentação e bebidas já registra um aumento de 14,72% nos últimos 12 meses (veja gráfico abaixo), alta bem maior que os 10,07% da inflação geral.

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Preço da cesta básica não para de subir

Vários alimentos já acumulam alta de mais de 50% nos últimos 12 meses. O custo do mamão subiu quase 100%. E a inflação de itens como melancia, morango e cebola já passou dos 70%.

Também segundo o IBGE, dos 13 itens da cesta básica pesquisados pelo instituto, 12 tiveram alta em julho, sendo a batata (66,82%), o leite (66,46%) e o café (58,12%) os com maior variação, como mostra matéria do G1.

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O aperto continua

Por isso, a deflação tão comemorada pelo governo só deve ser sentida pelas famílias de maior renda, explicou, ao Correio Braziliense, o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) André Braz.

“Brasileiros de classe média baixa não vão perceber a deflação, porque não têm despesas representativas com gasolina, que é um bem de luxo pertencente à classe média alta. E a energia elétrica já era tributada em muitos estados de forma diferenciada para consumo reduzido. Uma família de baixa renda, com uma casa pequena e poucos eletrodomésticos, já não tinha uma demanda de energia com ICMS acima de 18%, logo não vai perceber a queda”, explicou.

Da Redação

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