Gasolina sobe e PIB desaba: farsa de Bolsonaro explode antes da eleição

Manobras econômicas para reeleger Bolsonaro duram menos que o planejado e fraude acaba exposta. “Nós vamos tomar a atitude de recompor o poder aquisitivo do povo brasileiro”, afirma Lula

Roberto Parizotti/CUT

Guedes e Bolsonaro são um desastre econômico (foto: Roberto Parizotti/CUT)

E agora, Jair? A casa está pra cair. Os artifícios tramados por Jair Bolsonaro e seu ministro-ilusionista Paulo Guedes para gerar indicadores econômicos favoráveis – e temporários – no período eleitoral vão desmoronando como um castelo de cartas ao vento, antes mesmo do segundo turno.

A economia, que o inquilino do Planalto costuma dizer que “está bombando”, na verdade está “uma bomba”.

A começar pela “prévia do Produto Interno Bruto (PIB)”: o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O indicador sofreu queda de 1,13% em agosto em comparação a julho, a maior desde março de 2021.

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O tombo reflete o baixo nível de atividade tanto da indústria quanto do comércio varejista, atingidos em cheio pelos altos juros estipulados pelo próprio Banco Central, que Guedes tornou “independente”.

Gasolina volta a subir

Para piorar o quadro, o truque da “deflação” via redução de preços dos combustíveis também começa a evaporar. Após 15 semanas de queda, o preço da gasolina voltou a subir nos postos de 15 estados e do Distrito Federal, conforme a pesquisa semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

Na semana passada, o combustível foi vendido em média a R$ 4,86 por litro, com salto de 1,4% em relação à semana anterior. A maior alta (10,3%) ocorreu na Bahia, atendida pela Refinaria de Mataripe, privatizada pelo desgoverno Bolsonaro. Ela já promoveu dois reajustes desde que as cotações internacionais do petróleo voltaram a subir.

“Eu tô cantando essa pedra há um tempão, dizendo que o governo tinha comprado um crescimento falso, tinha comprado inflação mais baixa também falsa, que ia durar poucos meses, e que estava fazendo uma bomba-relógio que iria estourar depois das eleições”, afirmou o economista Eduardo Moreira em vídeo postado no Twitter.

“O negócio era tão frágil que está estourando antes das eleições e todo mundo está vendo o caos a que o Brasil foi exposto e o desastre econômico que representam Guedes e Bolsonaro. Não dá para continuar com essa turma destruindo o País. No próximo dia 30, vamos mudar isso e tirar esses caras do poder”, completou Moreira, que apoia a candidatura do ex-presidente Lula.

Ganhar a eleição e reconstruir o país

Em suas intervenções, Lula tem destacado a importância do consumo das famílias como vetor da recuperação econômica brasileira. “Nós vamos tomar a atitude de recompor o poder aquisitivo do povo brasileiro”, disse ele durante caminhada em São Mateus, Zona Leste de São Paulo, nesta segunda-feira (17).

“Eu quero dizer para os comerciantes que eles vão descobrir com muita facilidade que, quando a gente ganhar as eleições, o comércio vai crescer, vai funcionar, vai vender mais porque o povo vai ter o seu poder aquisitivo aumentado”, discursou para o público.

“Vamos fazer o que já fizemos, mas temos de ter paciência porque o país foi quebrado”, avisou Lula. “O salário mínimo não aumenta, prejudicando as pessoas que recebem pensão e aposentadoria e que estão há cinco anos sem receber o reajuste.”

Lula disse que voltará ao cargo mais importante do Brasil para que o país gere emprego outra vez, para que o governo federal distribua renda e para que as famílias voltem a se reunir nos finais de semana.

Da Redação

 

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