Privatizada, refinaria RLAM já vende combustível mais caro

Segundo a FUP, com a privatização, a RLAM passou a vender gasolina e diesel mais caros, em comparação com as 12 refinarias da Petrobras

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O povo paga a conta das privatizações

Mal assumiu o controle da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, em 1º de dezembro do ano passado, a nova proprietária tratou de aumentar os preços dos combustíveis praticados a partir do dia 1º de janeiro de 2022, deixando claro as consequências da privatização.

Segundo o Sindipetro-BA, a Acelen – a holding do fundo árabe Mubadala mudou a métrica e a forma de divulgação dos reajustes. Diferentemente da Petrobras, que anuncia o reajuste dos combustíveis em porcentagem, a Acelen passou a calcular o reajuste em centavos por metro cúbico.

Com a privatização, de acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a RLAM passou a vender gasolina e diesel mais caros, em comparação com as 12 refinarias da Petrobras. Com este novo reajuste, a gasolina já ultrapassa os R$ 7,00 o litro, chegando a R$ 7,49 em alguns postos do estado.

A mudança de cálculo dificulta a comparação com o modelo da estatal e confunde o consumidor, que fica sem ter noção do aumento real, adverte o diretor do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa. Segundo análise técnica do DIEESE,  o reajuste da gasolina efetuado pela Acelen foi de 6,98% e o do diesel, 4,14%.

Na avaliação do dirigente petroleiros, não há nada que justifique o aumento dos combustíveis, a não ser aumentar o lucro dos novos proprietários. “Mesmo se usarmos a lógica do PPI (Preço de Paridade de Importação) – adotado pela atual gestão da Petrobras – não encontramos explicação para o aumento, pois não houve variação do dólar e nem do barril do petróleo neste período”, disse.

Na segunda-feira, o Sindipetro Bahia e a FUP ingressaram com uma ação civil pública perante à Justiça Federal – Seção Judiciária da Bahia, órgão vinculado ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), para anular a venda da refinaria baiana, localizada no município de São Francisco do Conde.

Os petroleiros alegam inúmeras irregularidades que envolveram a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), com destaque para o profundo passivo ambiental omitido pela Petrobrás.

Da Redação, com site da AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobras)

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