Os ataques terroristas dos bolsonaristas não tinham como objetivo apenas a destruição de prédios e obras de arte do Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional, Casas, respectivamente, do Executivo, Judiciário e Legislativo.
O plano seria complementado com a invasão de refinarias pelo Brasil para promover o desabastecimento de combustíveis, provocando a paralisação de serviços e aumento de preços. Tudo para dar ares de uma greve geral pró-golpistas, que não aceitam o resultado democrático da vontade popular, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva presidente da República.
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As tentativas desses novos ataques, porém, foram frustradas, após ações preventivas adotadas pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), pela Petrobras e pelos governos de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Amazonas. Nas cinco unidades da Federação, a ação da polícia impediu o avanço terrorista.
Em nota, a FUP informou que entrou em contato com serviços de inteligência e segurança corporativa da Petrobras e com o senador Jean Paul Prates (PT-RN), indicado por Lula para ser o próximo presidente da estatal, alertando sobre eventuais ataques às refinarias da empresa.
De acordo com Deyvid Bacelar, coordenador da FUP, a reação contra os golpistas começou já na madrugada desta segunda-feira (9). “Esses atos foram enfrentados pelos dirigentes sindicais de cada estado e pela FUP. A tentativa frustrada dos terroristas demostra a importância estratégica da empresa, aumentando a nossa responsabilidade de reconstrução da companhia”, disse Bacelar.
Pelo menos cinco refinarias foram alvos: Reduc (Refinaria Duque de Caxias), no Rio de Janeiro; Revap (Refinaria Henrique Lage), em São José dos Campos (SP); Repar (Refinaria Getúlio Vargas), em Araucária (PR); Regap (Refinaria Gabriel Passos), em Betim (MG); e Reman (Refinaria Isaac Sabbá), em Manaus (AM).
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Mas ação da FUP, que monitorou grupos bolsonaristas em redes sociais e acionou a segurança institucional da Petrobras e dos governadores impediu danos às instalações da estatal e seus ativos.
Conforme o senador Jean Paul Prates, a Petrobras está agindo “diligentemente para detectar, prevenir e desmobilizar antecipadamente quaisquer ameaças à integridade das instalações e dos trabalhadores”. “Foram todas evitadas com reforço na vigilância, na inteligência e apoio das forças policiais dos respectivos estados”, disse à Folha de S. Paulo.
Da Redação