7 de abril: um ano de injustiça, um ano de prisão política de Lula

Um processo arbitrário, uma condenação sem provas, 365 dias de prisão injusta do maior presidente que o Brasil já teve

Lula Marques/Agência PT

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante 33º Congresso Nacional da CNTE, em Brasília

Luiz Inácio Lula da Silva, o maior líder que o povo brasileiro já teve, o homem que tirou o Brasil do mapa da fome, que criou políticas para emancipação das mulheres, afastou milhões de trabalhadoras e trabalhadores da miséria e que em um processo completamente arbitrário se tornou o primeiro e único preso político desde a redemocratização no dia 7 de abril de 2018.

Neste domingo (7) completa-se um ano que Lula é mantido na sede da Polícia Federal em Curitiba, mesmo sem nenhuma prova de crime, e com todos os trabalhadores e trabalhadoras a favor da liberdade do ex-presidente, o judiciário brasileiro insiste nessa perseguição política.

Confira a linha do tempo da prisão política de Lula

  • Em 24 de janeiro de 2018, em um processo arbitrário e sem provas, o ex-presidente Lula foi condenado em segunda instância;
  • No dia 5 de abril de 2018, Lula vai ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, milhares de pessoas envolvem o prédio para manifestar seu descontentamento com a condenação injusta do ex-presidente.
  • 6 de abril de 2018: atos acontecem por todo o país como enfrentamento a condenação sem provas de Lula;
  • Também em 6 de abril, os advogados do ex-presidente protocolam junto ao Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, uma medida cautelar com pedido de liminar para que governo brasileiro impeça a prisão de Lula;
  • Em 7 de abril, Lula é levado a Sede da Polícia Federal em Curitiba.
  • Imediatamente após Lula se tornar o primeiro preso político desde a redemocratização, nasce um dos maiores símbolos de resistência da atualidade: a Vigília Lula Livre;
  • Na data de 8 de abril, atos marcados por todo o mundo pedem Lula Livre;
  • No dia 10 de abril, em decisão arbitrária e contrária aos princípios da lei, o então juiz Sérgio Moro impede que nove governadores de cinco legendas visitem Lula;
  • PT, frentes, movimentos sociais, artistas, intelectuais e mandatos parlamentares criam campanha de arrecadação para manutenção da Vigília Lula Livre e das mobilizações pela liberdade de Lula em Brasília;
  • Ato inter-religioso é realizado na Vigília Lula Livre com a presença do ex-ministro, Fernando Haddad e do senador Jaques Wagner;
  • Um grande ato acontece em São Paulo e reúne milhares de pessoas pela liberdade de Lula e em memória de Marielle Franco;
  • Em 13 de abril, a defesa do ex-presidente entra com novo recurso para anular o mandado de prisão, já que o TRF-4 determinou o cumprimento antecipado da prisão quando ainda não havia o exaurimento da segunda instância;
  • 16 de abril: PT, PCdoB, PSOL e PDT divulgam nota de repúdio a prisão política de Lula;
  • Integrantes da Vigília Lula Livre são agredidos no dia 17 de abril;
  • Em 18 de abril, TRF-4 rejeita analisar recurso de Lula e escancara ilegalidade;
  • No dia 19 de abril, Adolfo Pérez Esquível e Leonardo Boff são impedidos de visitar Lula;
  • Em 25 de abril, a Comissão de Direitos Humanos do Senado faz diligência na Sede da PF e constata “explícita violação” da Lei de Execução Penal, sobre direito do cidadão em confinamento ter acesso a visita de cônjuge, companheira, parentes e amigos em dias determinados;
  • Também no dia 25, a juíza Carolina Lebbos proíbe a visita do médico de Lula;
  • Eduardo Suplicy leva três mil cartas de brasileiras e brasileiros direcionadas ao ex-presidente, mas é impedido de visitar Lula;
  • Mulheres da Economia Solidária de todo o Brasil prepararam uma manta artesanal com mensagens de agradecimento para o ex-presidente Lula;
  • Na madrugada do dia 28 de abril, a Vigília Lula Livre é atacada por tiros;
  • No dia 27 de maio, atos por todos os cantos do Brasil marcam o lançamento da pré-candidatura de Lula a Presidência;
  • Em 8 de junho, a pré-candidatura de Lula à Presidência é lançada em Contagem (MG);
  • 11 de junho: Consultor do Vaticano leva a Lula rosário abençoado por Papa mas é impedido de visitá-lo;
  • Pepe Mujica visita Lula em 21 de junho e relata preocupação do ex-presidente com o futuro do Brasil e de países vizinhos;
  • Defesa de Lula entra com recurso contra decisão da vice-presidenta do TRF-4, Maria de Fátima Labarrère, de impedir a apresentação de recurso extraordinário da defesa do ex-presidente ao Supremo Tribunal Federal (STF);
  • 2 de julho: Comitê Lula Livre lança abaixo assinado pedindo ao STF e ao STJ a liberdade de Lula;
  • Pai de santo Antônio Caetano de Paula Junior entrega imagem do orixá Xangô a Lula, em 2 de julho;
  • 3 de julho: defesa do ex-presidente alerta o Comitê de Direitos Humanos da ONU sobre restrições impostas a campanha de Lula, como o fato dele não ser permitido a dar entrevistas;
  • Em 8 de julho, o desembargador federal Rogério Favreto determina a soltura de Lula;
  • O então juiz Sérgio Moro, mesmo de férias e sem jurisdição no processo, atua para impedir a soltura de Lula acionando seu amigo pessoal, João Gebran Neto, provando que o ex-presidente é vítima de lawfare;
  •  Mobilizações populares por todo o país exigem que a liberdade de Lula seja garantida;
  • Onze governadores publicam nota oficial condenando a postura de Sérgio Moro de obstacular o cumprimento da decisão do desembargador Rogério Favreto de soltar Lula;
  • 12 de julho: Lula é absolvido da acusação de obstrução de justiça. Ele tinha sido acusado de ter atuado para impedir ou alterar a delação de Nestor Cerveró;
  • Artistas se unem para lançar livro “Lula Livre”;
  • 27 de julho: Caravana Semiárido contra a fome sai de Caetés (PE) até a Vigília Lula Livre para mostrar a indignação a prisão política de Lula;
  • 28 de julho: Festival Lula Livre reúne mais de 40 músicos, poetas, dançarinos e atores por dez horas em um palco nos arcos da Lapa, 80 mil pessoas compareceram;
  • Chico Buarque e Gilberto Gil fecham a noite no Festival Lula Livre com a famosa canção “Cálice” quarenta e cinco anos depois do histórico show Phono 73, quando foram censurados pela Ditadura;
  • “Lula Livre – Lula Livro” é lançado na Flip;
  • 31 de julho: militantes iniciam greve de fome pela liberdade de Lula;
  • 2 de agosto: Ex-chanceler Celso Amorim tem audiência com Papa Francisco para discutir situação jurídica e política de Lula e do Brasil e o Papa envia uma mensagem espiritual por escrito para o ex-presidente;
  • Chico Buarque e Martinho da Vila visitam Lula em 2 de agosto;
  • Em 4 de agosto, Encontro Nacional do PT confirma Lula como candidato à Presidência;
  • Um dia após o Encontro, PT e PCdoB anunciam chapa nacional: Lula, Hadddad e Manuela D’Ávila;
  • Gleisi e a Presidenta Nacional do PCdoB, Luciana Santos, anunciam que Manuela e Haddad irão percorrer o país divulgando a candidatura de Lula;
  • 11 de agosto: Marcha Nacional Lula Livre sai em caminhada rumo a Brasília, com mais de cinco mil trabalhadores organizados no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST);
  • Em 15 de agosto, o livro “Caravana da Esperança, Lula pelo Nordeste” é lançado em Brasília;
  • Manifesto assinado por 152 juristas defende candidatura de Lula;
  • 15 de agosto:  A candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva é registrada oficialmente junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), milhares de pessoas participam da Marcha Lula Livre, que termina em grande ato popular em Brasília, celebrando o registro oficial de Lula como candidato;
  • Lula segue líder em todas as pesquisas de intenção de votos;
  • ONU determina ao Estado Brasileiro que “tome todas as medidas necessárias para permitir que Lula desfrute e exercite seus direitos políticos da prisão como candidato nas eleições”;
  • 23 de agosto: Ex-presidente da Colômbia, Ernesto Samper, visita Lula;
  • Em 24 de agosto, a defesa do ex-presidente protocola petição ao TSE para que Lula participe de entrevistas à imprensa;
  • 30 de agosto: O sociólogo português Boaventura de Sousa Santos visita Lula em Curitiba e afirma que o ex-presidente é uma grande inspiração para o país;
  • Em 31 de agosto, Tribunal Superior Eleitoral comete mais uma violência judicial contra Lula e o povo e impugna sua candidatura;
  • Defesa de Lula protocola no Tribunal Superior Eleitoral a contestação aos pedidos de impugnação de sua candidatura;
  • 10 de setembro: O Comitê de Direitos Humanos da ONU envia novo parecer que reforça a importância do Brasil cumprir a determinação de garantir Lula como candidato;
  • Em ato emocionante em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba, através de carta, Lula e PT indicam Haddad e Manuela como candidatos a presidente e vice;
  • Festival Lula Livre acontece em São Paulo no dia 16 de setembro;
  • 17 de setembro: Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se nega a garantir a Lula o direito de gravar mensagens de apoio a Haddad;
  • O linguista e filósofo norte-americano, Noam Chomsky, visita Lula em 20 de setembro;
  • Considerado preso político, Lula recebe 35º honoris causa na Argentina;
  • 27 de outubro: a Vigília Lula Livre celebra o aniversário de 73 anos de Lula, com a presença da família do ex-presidente;
  • A nomeação de Moro para o Ministério da Justiça de Jair Bolsonaro comprova a fraude na condenação de Lula;
  • 14 de novembro: Lula presta depoimento e desafia juíza “Eu sou o dono do sítio ou não?”;
  • Em 29 de novembro, Lula recebe a visita de seu irmão, Frei Chico;
  • A juíza Carolina Lebbos nega autorização para realização da diligência da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado à superintendência da Polícia Federal em Curitiba;
  • A defesa do ex-presidente afirma que a equipe de Deltan Dallagnol ignora documentos que provam a inocência do ex-presidente;
  • Ministro Marco Aurélio Mello determina soltura de todas as pessoas presas após decisão de segunda instância, reivindicando a Constituição, a defesa de Lula envia petição pedindo à justiça que solte o ex-presidente, mas Dias Toffoli interfere e nega;
  • Duas mil pessoas celebram a virada do ano na Vigília Lula Livre;
  • Petição para Lula ganhar o Nobel da Paz, indicado por Adolfo Pérez Esquível, chega a 500 mil assinaturas;
  • 30 de janeiro: Dia Toffoli toma decisão inútil e concede liminar para que Lula encontre seus familiares e o corpo do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, em um quartel militar e não no cemitério;
  • 10 de fevereiro: PT completa 39 anos com grande ato em defesa do povo e de Lula;
  • Juíza Gabriela Hardt, substituta de Moro, além de duplicar pessoas para condenar Lula, copia e cola trechos da sentença de Sérgio Moro;
  • Em 2 de março, Lula deixa a Superintendência da Polícia Federal para velar seu neto Arthur;
  • 20 de março: começa a etapa virtual do leilão Lula Livre de fotografias com 50 imagens autografadas por Lula e que registram diversos momentos de sua vida pessoal e política, doadas por 43 fotógrafos;
  • Operação da Lava Jato em São Paulo abre mão de investigar mais a fundo esquema de corrupção liderado por Paulo Preto (PSDB) para mais uma vez avançar perseguição contra Lula;
  • Mais de 400 juristas lançam manifesto ao STJ em defesa de Lula Livre;
  • 3 de abril: Leilão Lula Livre é realizado em São Paulo  e arrecada R$623.900;
  • Caravana Lula Livre acontece de 5 a 7 de abril, Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann irão percorrer Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina;
  • Jornada Internacional Lula Livre acontece do dia 4 e vai até o dia 10 de abril;
  • 7 de abril: um ano de prisão política de Luiz Inácio Lula da Silva.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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