Artistas de teatro visitam o acampamento da vigília Lula Livre
Diretores e cenógrafos planejam instalar uma barraca permanente para levar arte a quem defende a democracia e denuncia a prisão política do ex-presidente
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O acampamento Lula livre na terça-feira
Artistas de teatro Curitiba visitaram na tarde desta terça-feira (10) o acampamento da vigília Lula Livre, para levar seu apoio à luta pela liberdade do primeiro preso político do País desde o fim da ditadura militar.
“Viemos trazer nossa solidariedade ao presidente Lula, que hoje representa os avanços sociais, e combater os retrocessos que estão acontecendo”, diz Otávio Camargo, diretor de Teatro e professor universitário. “Temos visto o desmonte da educação e das políticas de cultura no País. Temos que combater isso. Estamos aqui junto com o povo brasileiro na defesa de Lula”, afirma.
A visita ao acampamento serviu para motivar ainda mais Fernando Marés a participar da vigília em defesa da liberdade para Lula. “Torço e vou colaborar para que esse acampamento aumente”, diz o ator e cenógrafo. “Esse é um espaço da cidade que deve ser ocupado e ampliado, como uma resposta dos cidadãos conscientes de Curitiba ao arbítrio contra Lula, pois a cidade tem que ser local da cidadania”, afirma.
Fernando contempla a possibilidade de os artistas de Curitiba montarem uma barraca permanente no acampamento da vigília Lula livre. “Teríamos uma ocupação pacífica para expressar nossa indignação por meio da arte. Vou colocar a proposta em uma reunião que teremos amanhã na Câmara de Vereadores. Quem faz arte tem que trazer sua arte para cá”, diz.
A permanência de artistas no acampamento da vigília é defendida também por Letícia Guimarães, diretora da Companhia do Abração, tradicional grupo teatral de Curitiba. “Tenho muita vontade de trazer gente para cá. Podemos e é nosso dever defender a liberdade para o Lula”, diz ela, que veio com seis colegas da companhia para conhecer o acampamento, que a encantou. “É o povo se representando”, resume.
Letícia está indignada em ver Lula preso injustamente. “Ele é um preso político. É por isso que a gente está aqui. Não podemos assistir calados a democracia ir pro beleléu e direitos serem pisoteados”, conclui.
Por Luis Lomba, para a Agência PT de Notícias
