Prisão de Lula viola direitos de todo brasileiro, diz militante da Vigília
Danilo Duarte de Sá, que mudou-se para Curitiba no dia da prisão política de Lula, tem se dedicado a convencer as pessoas sobre os crimes cometidos contra o ex-presidente
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A Vigília Lula Livre teve nessa terça-feira (11) uma roda de conversa sobre Direitos Humanos. Intermediado pelo militante Danilo Duarte de Sá o debate evidenciou que a prisão de Lula sem provas viola também os direitos de todos os cidadãos brasileiros e é grande ameaça à democracia. “Se acontece isso com um homem que tem 54 títulos de Doutor Honoris Causa e é respeitado no mundo inteiro, imaginem o que pode acontecer com cada um de nós, que não temos essa representatividade toda”, argumentou.
Danilo expôs aos militantes da Vigília que, para terem pleno acesso aos direitos fundamentais, será preciso se unir para reivindicar isso. “Eu vi nos olhos das pessoas que estavam aqui que eles são o povo de Lula, que acredita que a esperança vai vencer o medo. Eles entenderam que para exercerem os direitos humanos terão que sair da inércia e se mobilizar”, disse.
A elite quando pode passa por cima de todos os direitos do povo, apontou Danilo, e só a ação coletiva pode dete-la. “Temos que gritar para que esses direitos seja cumpridos, não dentro de um egoísmo, pois individualismo não leva a nada, a gente tem que acreditar que a força vem pelo conjunto”, afirmou.
Danilo chegou a Curitiba junto com Lula, no dia 7 de abril. Ele conta que estava dando aula no interior do Ceará e, quando chegou em casa o porteiro do prédio estava chorando, assistindo pela TV a mobilização em torno de Lula no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Nesse momento ele decidiu vir para Curitiba, onde vive desde então.
Inicialmente o professor se juntou ao acampamento Marisa Letícia, que ajudou a estruturar e coordenou. Mais recentemente, ele mantém 18 militantes reunidos no Coletivo Casa Lula, que alugou o imóvel onde no começo da Vigília funcionou a Casa da Democracia, iniciativa da Mídia Ninja e outros ativistas da comunicação popular. “Temos estatuto aprovado coletivamente e tudo é decidido democraticamente”, afirma.
Por Luís Lomba da Agência PT de Notícias direto de Curitiba