Para Petra Costa, ‘silêncio forçado’ de Lula sobre seu filme ‘é ensurdecedor’

“Me pergunto o que diria uma pessoa retratada no filme e que está presa numa solitária no sul do Brasil”, questiona autora de “Democracia em Vertigem”

Reprodução Facebook

A cineasta Petra Costa, autora do filme Democracia em Vertigem, que estreou nesta quarta-feira (19), na Netflix, se perguntou, nesta quinta-feira, em sua conta do Twitter, sem citar o nome, o que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acharia do filme: “o que diria uma pessoa retratada no filme e que está presa numa solitária no sul do Brasil”

“Em meio a uma enxurrada de comentários que recebo, me pergunto o que diria uma pessoa retratada no filme e que está presa numa solitária no sul do Brasil. Será que ele pode ver o filme? Será que já viu? Seu silêncio forçado é ensurdecedor”, ressalta.

Em ‘Democracia em Vertigem’, Petra Costa se coloca como protagonista dos últimos acontecimentos, desde o golpe que depôs a presidenta eleita Dilma Rousseff, passando pela prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), até a eleição do político e ex-militar de extrema direita, Jair Bolsonaro (PSL).

“Eu tinha 19 anos quando Lula foi eleito. Eu me lembro da euforia. Parecia um grande passo para nossa democracia. 20 milhões de pessoas saem da pobreza, a taxa de desemprego atinge o menor índice da história e o Brasil emerge como um dos protagonistas no cenário mundial. Para suceder, ele escolhe Dilma Rousseff, que se torna nossa primeira presidenta mulher. Parecia uma mudança de símbolos. Mas algo no nosso tecido social começa a mudar”, afirma Petra.

Por Revista Fórum

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