Racionamento de água em SP é marca do governo PSDB
Enquanto a população paulista sofre com a estiagem, investimentos em segurança hídrica são feitos em todo o País pelo PAC2
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Na contramão de ações voltadas para o acesso à água, realizadas em todo o País pelo governo federal, o governo de São Paulo, sob gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), se prova ineficiente na busca de soluções para a estiagem vivida pelo estado. Mesmo classificando esta como a pior seca dos últimos 84 anos, o tucano, candidato à reeleição, nega o racionamento nas localidades abastecidas pelo Sistema Cantareira.
Desde 2013, o sistema opera em déficit e, atualmente, conta com reforço dos sistemas Alto Tiete e Guarapiranga. Além da exploração das duas alternativas, há cinco meses, o tucano adotou ainda a técnica de “semeadura de nuvens”, que consiste em, com uso de um avião, pulverizar gotículas de água em nuvens para fazer chover. A técnica que foi ineficiente no Sistema Cantareira, será aplicada, agora, no Alto Tietê, com investimento de R$ 4 milhões.
As medidas adotadas até o momento têm se provado falhas. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), a população de São Paulo sofre com a falta de água pelo menos uma vez por dia, em 76% dos casos registrados.
Apenas no estado de São Paulo, o governo federal já concluiu obras da ordem de mais de R$ 537 milhões, realizadas para o abastecimento de água da população localizada em áreas urbanas. Os recursos foram empregados por meio do Eixo Água e Luz para Todos, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Com o investimento, se tornou possível melhorar e expandir sistemas com uso de adutoras, estações de tratamento e reservatórios.
A conclusão do trecho V do Eixão das Águas, no Ceará, e a maior obra hídrica já realizada no País, o Projeto de Integração do Rio São Francisco, são destaques do PAC 2.
Em todo o Brasil, o programa já concluiu 95,5% de suas ações previstas, com investimento de R$ 871,4 bilhões. Do montante total, foram investidos R$ 8,7 bilhões em ações de expansão do abastecimento de água e no acesso à energia em pequenas localidades.
Por Victoria Almeida, da Agência PT de Notícias.