Paraná: unidades móveis da Saúde atendem população atingida por tornado

Estruturas montadas na segunda-feira (24) pelo programa Agora Tem Especialistas e pela Força Nacional do SUS têm capacidade para atender até 50 pessoas em Rio Bonito do Iguaçu

Carolina Antunes

Seis consultórios móveis instalados em dois contêineres no município de Rio Bonito do Iguaçu (PR) atendem a população afetada pelo tornado

O governo do presidente Lula, por meio do Ministério da Saúde, iniciou nesta segunda-feira (24), no município de Rio Bonito do Iguaçu (PR), os atendimentos de saúde em seis consultórios móveis instalados em dois contêineres. O município paranaense teve cerca de 90% de seu território devastado pelo tornado de 7 de novembro, que afetou mais de 10 mil moradores.

De acordo com o Ministério da Saúde, as estruturas do Agora Tem Especialistas vão reforçar a assistência nas áreas danificadas pela passagem do tornado. As unidades contam com infraestrutura completa e devem permanecer na região por três meses. Cada unidade possui três consultórios completos, equipados com desfibrilador, eletrocardiograma, computadores, impressoras, insumos e materiais para o atendimento diário.

A população afetada terá acesso a consultas médicas e de enfermagem, vacinação, atendimentos psicológicos, curativos, distribuição de medicamentos e pequenas cirurgias, como remoção de verrugas e biópsias, entre outros serviços de saúde.

A entrega dos consultórios móveis equipados foi realizada pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS (AgSUS). As estruturas têm capacidade para atender cerca de 50 pessoas diariamente e funcionarão todos os dias da semana, das 8h às 17h. Aos sábados e domingos, o atendimento será focado em urgência e emergência, com apoio dos profissionais da Força Nacional do SUS (FN-SUS).

Desde o início do desastre, o Ministério da Saúde mobilizou 38 profissionais da FN-SUS, do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSUS) e do Vigidesastres Nacional, entre psicólogos, psiquiatras, enfermeiros, médicos, farmacêuticos, sanitaristas e outras especialidades. “A chegada dos contêineres representa um reforço essencial para garantir a continuidade do cuidado em saúde no município para a população afetada”, afirma a coordenadora de campo da operação da Força Nacional, Verônica Erthal.

Um Centro de Operações de Emergência (COE) foi instalado junto à Secretaria Municipal de Saúde para monitorar as condições sanitárias e psicossociais da população, especialmente nos assentamentos e áreas rurais. Até o momento, a Força Nacional do SUS realizou 2.015 atendimentos em saúde mental e apoio psicossocial, 498 atendimentos assistenciais e 141 práticas integrativas (atividades de bem-estar individuais e coletivas).

A atuação das equipes da FN-SUS ocorre em parceria com as secretarias municipal e estadual de saúde e com a Defesa Civil, integrando a Estratégia de Apoio Psicossocial e Saúde Mental.

As ações incluem acolhimento emocional de profissionais da linha de frente, suporte a pessoas desabrigadas no abrigo de Laranjeiras do Sul e atendimento em um ponto de acolhimento instalado próximo à igreja de Rio Bonito do Iguaçu.

A equipe multiprofissional oferece escuta qualificada e encaminhamentos de maior complexidade, em articulação com a assistência social. Permanecem ativas também as ações interinstitucionais com companhias de energia, saneamento e equipes de engenharia responsáveis pela recuperação de redes e pela avaliação estrutural de prédios públicos e unidades de saúde.

Na última semana, o Ministério da Saúde entregou dois kits emergenciais de medicamentos e insumos estratégicos à Farmácia da 5ª Regional de Saúde, em Guarapuava (PR). O material foi distribuído às unidades que atendem a população de Rio Bonito do Iguaçu e é composto por 32 tipos de medicamentos e 16 tipos de insumos, como luvas, seringas e ataduras.

Cada kit tem capacidade para atender até 3 mil pessoas por dois meses, garantindo o abastecimento de itens essenciais à assistência farmacêutica na Atenção Primária à Saúde. A iniciativa assegura a continuidade dos atendimentos após a perda de medicamentos e insumos provocada pelo desastre, fortalecendo a resposta emergencial e o cuidado à população local.

Da Redação, com Ministério da Saúde

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