Brasil constrói cinco submarinos
Quatro embarcações convencionais e um nuclear vão trazer mais tecnologia e proteção ao País
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A construção dos submarinos brasileiros, entre eles um nuclear, vai promover desenvolvimento científico e tecnológico. Além disso, trará benefícios nas áreas de geração de energia elétrica, desenvolvimento de novos materiais, produção de radioisótopos para medicina e irradiação de alimentos para conservação.
Essa é a avaliação do coordenador geral do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), do Ministério da Defesa, o almirante Gilberto Max. Segundo ele, o País alcançará uma capacidade que poucos países no mundo têm.
“Ao final desse programa, o país terá adquirido um conhecimento tecnológico muito grande para a nossas indústrias e universidades”, garante o almirante.
A construção dos quatro submarinos convencionais demandará a cerca de 100 empresas brasileiras a fabricação, para cada uma das embarcações, de mais de 36 mil itens, o desenvolvimento e integração de sistemas, treinamento e suporte técnico.
A primeira das quatro embarcações deve entrar em operação em 2017 e a quarta deve ser entregue em 2023. A construção do submarino de propulsão nuclear (SN-BR) vai começar em 2016 e deve ir até 2023. Depois de passar por testes, entrará em operação pela Marinha do Brasil, em 2025.
Além da produção da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem), em operação desde 2013, está em construção um complexo de Estaleiro e Base Naval (EBN), no Rio de Janeiro, que permitirá a construção de dois submarinos simultaneamente.
De acordo com a Marinha, na construção dos cinco submarinos serão criados 5,6 mil empregos diretos e 14 mil indiretos. O programa social do Prosub, da região de Itaguaí (RJ), para a formação de mão de obra, formou 438 profissionais entre soldadores, eletricistas, pedreiros, ajudantes, armadores, montadores e carpinteiros.
Os submarinos serão empregados na defesa dos cerca de 10 mil quilômetros da costa brasileira. Segundo a Marinha, a chamada “Amazônia Azul” tem uma área de 3,6 milhões de quilômetros quadrados, equivalente à superfície da floresta amazônica. Caso a Comissão de Limites da Organização das Nações Unidas (ONU) atenda o pleito brasileiro de expansão de fronteira marítima, essa área passará para 4,4 milhões de quilômetros quadrados.
Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias