Pesquisa identifica efeito similar ao da morfina em café
Análise da Embrapa e Unb resultou em anestésico com tempo de efeito de quatro horas
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Pesquisa Desenvolvida na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e a Universidade de Brasília (UnB) identificou proteínas no café com efeito similar ao da morfina. Em testes com camundongos, o tempo de efeito do anestésico foi de cerca de quatro horas.
A caracterização das proteínas faz parte de tese de doutorado do estudante da UnB Felipe Vinecky, que busca genes de café em pesquisa de melhoria genética.
Ao analisarem sequências genéticas e correspondentes traduzidos proteicos, Vinecky e o coordenador da pesquisa, Carlos Bloch Júnior, observaram fragmentos internos com estruturas semelhantes às de alguns opióides endógenos de humanos, como a encefalina.
Os pesquisadores sintetizaram, então, análogos estruturais para avaliar experimentalmente as funções biológicas e efeitos fisiológicos em mamíferos. Os ratos utilizados no experimento não apresentaram efeitos colaterais que merecessem registro.
Banco de dados – A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia faz o sequenciamento genético do café desde 2004. Neste período, foram identificadas 30 mil das 200 mil sequências genéticas do banco de dados.
O arquivo permitiu à instituição, em 2010, identificar genes tolerantes à seca, que podem ser transferidos para outras culturas, como cana e soja.
Em 2013 e 2014 foram encaminhados dois pedidos de patente de genes promotores capazes de otimizar o desenvolvimento de organismos geneticamente modificados.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Embrapa