Denúncia não traz provas contra Vaccari, diz defesa
Advogado afirma que ex-secretário não foi ouvido sobre denúncia feita à Justiça nesta manhã
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O advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, que representa o ex-secretário de Finanças do PT, João Vaccari Neto, divulgou nota nesta segunda-feira (27) na qual afirmou estranhar a denúncia apresentada contra o petista à Justiça pelo Ministério Público Federal.
Segundo ele, o material trata apenas de temas tratados pelo delator Augusto Mendonça, do grupo Setal Óleo, sem que nenhuma prova tenha sido anexada às declarações, nas quais são atribuídas ilegalidades no relacionamento com a Editora Gráfica Atitude.
“Inexiste investigação na qual o Sr. Vaccari tenha sido questionado oficialmente sobre esses supostos fatos, narrados nesta nova denúncia”, diz o documento.
No texto, o advogado reitera que o ex-secretário não tratou de doações ao PT em período anterior a 2010 e reafirma confiança de Vaccari na Justiça.
Leia a íntegra:
“Nota Pública
A defesa de João Vaccari Neto se manifesta sobre esta nova denúncia, apresentada pelo Ministério Público Federal, nesta data, que trata de tema envolvendo o delator Augusto Mendonça.
Na verdade, a defesa estranha o fato de não ter havido o aditamento da denúncia anterior, pois o episódio relatado nessa nova denúncia refere-se tão somente à versão apresentada pelo delator Augusto Mendonça.
Nenhuma prova foi apresentada quanto à participação do Sr. Vaccari, que nega, veementemente, ter orientado o delator Augusto Mendonça a fazer qualquer depósito, a qualquer título, na conta dessa Editora Gráfica Atitude.
Inexiste investigação na qual o Sr. Vaccari tenha sido questionado oficialmente sobre esses supostos fatos, narrados nesta nova denúncia.
Reitera-se que o Sr. Vaccari não tratou de doação ao PT em período anterior a sua posse como tesoureiro do partido. Após 2010, na condição de tesoureiro, por seu dever de ofício, solicitou doações, a pessoas físicas e jurídicas, destinadas ao Partido dos Trabalhadores, todas elas legais, por via bancária, com emissão de recibos e sob fiscalização das autoridades competentes.
Por derradeiro, o Sr. Vaccari continua confiando na Justiça, no firme propósito de colaborar para que a verdade prevaleça e sua inocência possa ser confirmada judicialmente.
São Paulo, 27 de abril de 2015
Prof. Dr. Luiz Flávio Borges D’Urso