Setor injeta R$ 109 bilhões ao longo do governo Dilma
No ano em que a presidenta encerrou seu primeiro mandato, investimentos do setor foram 63% maiores que os realizados em 2010
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Depois de encerrar o governo Lula com investimentos de R$ 19 bilhões em 2010, numa repetição do valor também investido no ano anterior, o setor de telecomunicações deu forte acelerada nos seus gastos para expandir e atualizar suas redes durante o primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff.
É o que mostram dados atualizados pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telecomunicações (Sinditelebrasil), ernviados à Comissão de Ciência, Tecnologia e Informática da Câmara dos Deputados em audiência na semana passada.
Entre 2011 e 2014, período do primeiro mandato da presidenta, o investimento do setor teve crescimento de R$ 12 bilhões, média de R$ 3 bilhões adicionais ao ano. No último ano do período, já era 63% maior que em 2010, quando Lula encerrou seu mandato fazendo Dilma sua sucessora.
O Brasil recebeu R$ 31 bilhões em investimentos das teles em 2014 contra os R$ 19 bilhões destinados em 2010. O valor é ainda maior se nele for incluído o valor das licenças da quarta geração (4G) móvel: R$ 5,6 bilhões. Com isso, os investimentos chegaram a R$ 36,6 bilhões em 2014, praticamente o dobro do que foi investido em 2010.
Ano de posse – Em 2011, ano em que a presidenta Dilma foi empossada, o setor promoveu um salto nos investimentos. Houve acréscimo de R$ 4 bilhões em relação a 2010 – um extra de mais de 21% sobre o que o setor investira no ano anterior.
Nos anos de 2012 e 2013 os investimentos globais das teles foram de R$ 26 bilhões e R$ 29 bilhões, respectivamente. No ano seguinte, injetou R$ 2 bilhões adicionais ao valor investido no ano anterior.
O acumulado no período de quatro anos de mandato chegou a R$ 109 bilhões, número que deve continuar crescendo pelo imperativo da ampliação das redes 4G (quarta geração móvel de telefonia móvel celular), especialmente na atualização tecnológica dos serviços de banda larga wireless.
Graças a isso, o número de assinantes que migraram da terceira para a quarta geração saltou de 50 milhões para 100 milhões. No ambiente 4G, a banda larga tem até 10 vezes mais velocidade que a das redes 3G.
Tamanho ganho de transmissão é que torna a nova versão da banda larga móvel ainda mais atrativa aos usuários. Para tanto, exige mais investimentos em tecnologia e expansão.
Embora o Sinditelebrasil tenha alegado não deter uma previsão global do setor para os investimentos em 2015 e 16, o ano que vem é de olímpiada. Na Rio 2015, a multiplicação de torres de transmissão 4G é fundamental para que as teles possam oferecer maior capacidade de transmissão.
A expectativa é que o evento esportivo mundial atraia um reforço de investimentos em telecomunicações. Isso permitirá aos turistas que vierem ao país levar, de forma mais rápida e eficiente, os instantâneos das pistas de atletismo, quadras e estádios em que se realizarão as competições internacionais em todo o Brasil.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias