Setor de serviços cresce 6,1% em março

Prestação de serviços voltou a crescer em março a patamares de setembro de 2014; transporte da safra pesou no resultado. Crescimento foi registrado em comparação ao mesmo período do ano passado

Foto Jonas Oliveira

O setor de serviços cresceu 6,1% no mês de março, em comparação ao mesmo mês do ano anterior (2014). Os dados foram divulgados na manhã desta quarta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“(É) uma recuperação expressiva em relação aos dois primeiros meses do ao, que foram muito ruins”, avaliou Roberto Saldanha, técnico responsável pela análise de serviços e comércio do IBGE, em depoimento registrado pelo portal “G1”.

No primeiro trimestre, o crescimento foi de 2,9%. O crescimento foi semelhante em setembro de 2014, quando foi registrada alta de 6,4%.

O setor de serviços tem se mostrado como um dos mais imunes à retração econômica. Por dar suporte a outros tantos, o aumento de março emite sinal que a atividades ainda não sofrem danos tão profundos em meio à crise da retração do consumo.

Os segmentos de transportes, com alta, de 8,7%; serviços de informação e comunicação e serviços profissionais administrativos e complementares (8,8%), foram os maiores responsáveis pelo resultado positivo, de acordo com o técnico.

Outros serviços, com 5,2%; serviços de informação e comunicação, 2,9%, e serviços prestados às famílias, 2,5%, cresceram menos.

O agronegócio (agricultura e pecuária) contribuiu decisivamente para o avanço registrado no segmento de transportes. “Houve aumento significativo em março da produção de grãos e exportacão”, aduziu Saldanha, referindo-se aos US$ 458 milhões (cerca de R$ 1,35 bilhão) de superávit na balança comercial no terceiro mês do ano.

“Foi o primeiro mês (deste ano) em que o Brasil apresentou saldo positivo na sua balança comercial e, grande parte, em função das exportações do agrobusiness em geral”, observou Saldanha.

A reportagem consultou a instituição patronal que abriga o segmento, mas a Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomercio) alegou não ter gente disponível no momento para avaliar os dados favoráveis, colhidos pelo IBGE.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias

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