BNDES não tem nada a temer, reforça deputado
Para petistas, oposição ficou “decepcionada” com a postura da instituição financeira
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A notícia da divulgação de contratos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na terça-feira (2), para tornar a instituição mais transparente, garantiu resposta à oposição que questionava o fato dos investimentos para o exterior serem sigilosos, avalia o deputado federal Paulo Paim (PT-RS).
“O BNDES não tem nada a temer. As dúvidas da oposição podem ser esclarecidas. É uma postura de grandeza do banco mostrar transparência absoluta. Isso desmonta os argumentos falaciosos da oposição que questionavam a conduta da instituição”, disse Paim.
Com a ampliação do portal “BNDES Transparente” será possível, inclusive, obter informações sobre as operações do banco de fomento para o financiamento de empreendimentos em Cuba e Angola.
Na avaliação do deputado federal Enio Verri (PT-PR), “a oposição vai insistir na criação de uma CPI” para investigar os contratos do banco, apesar da liberação dos dados.
“A quebra das restrições decepcionou a oposição. Eles vão insistir em CPI porque se comportam de forma irresponsável. Provamos que fazemos tudo dentro da lei. Eles querem tirar o foco para assuntos relevantes criando CPIs”, avaliou.
Já estão disponíveis para a consulta os contratos de financiamento a projetos no exterior entre 2007 e 2015 no valor de US$ 11,9 bilhões, e 1.753 contratos domésticos do período 2012 a 2015 serão disponibilizados imediatamente. Essa primeira leva de contratos publicados já soma R$ 320 bilhões em empréstimos. Futuramente o Banco pretende mostrar os contratos domésticos dos anos anteriores a 2012.
“A prestação de contas e a transparência são compromissos com a sociedade brasileira. O BNDES torna-se a instituição financeira mais transparente entre os seus pares”, afirmou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
De acordo com o dirigente, apenas os dados protegidos pelo sigilo bancário que dizem respeito a informações sobre a intimidade dos clientes não serão publicados. “A estratégia de negócios, a situação financeira e o rating das empresas não serão divulgados. Informações cadastrais dos clientes também são protegidas por sigilo bancário”, explicou.
“Essas informações são sensíveis e podem trazer prejuízos para os clientes. Já os contratos devem ser publicizados e suas principais características devem estar plenamente acessíveis, permitindo gerar estatísticas”, completou.
Segundo Coutinho, a divulgação das informações mostra que o BNDES assume a postura de colaborar com a transparência de seus atos e a atitude não está relacionada aos questionamentos de alguns parlamentares que almejam criar uma CPI para investigar a instituição financeira.
Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias