Primo de Richa é apontado como pivô de esquema de corrupção

Inspetor fiscal preso foi indicado por Luiz Abi Antoun

Depois de passar um dia como foragido da Justiça, o empresário Luiz Abi Antoun se entregou na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em Londrina (PR), na noite de quinta-feira (11).

Primo do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), ele é suspeito de ser a figura central de um esquema de corrupção que teria desviado da Receita Estadual do estado R$ 4,3 milhões. Segundo a denúncia, parte dos recursos desviados serviram para irrigar a campanha à reeleição do governador Richa, em 2014.

O GAECO cumpriu, na quarta-feira (10), 47 dos 68 mandados expedidos pela Justiça. Do total de mandados, 50 são contra auditores fiscais. Segundo as investigações, os auditores identificavam empresas com dívidas e ofereciam aos empresários um abatimento ou mesmo a sua anulação, mediante pagamento de uma propina.

De acordo com um trecho da denúncia contra o primo do governador, “é evidente que Luiz Abi Antoun atua não apenas como ascendência sobre os maiores escalões da Receita, mas também com toda sua influência política no governo estadual”.

A denúncia de que os valores desviados foram para abastecer a campanha de Richa partiu do auditor fiscal Luiz Antônio de Souza, em acordo de delação premiada com Ministério Público. Outro investigado e preso na quarta-feira é o ex-inspetor-geral da Receita, Márcio de Albuquerque Lima. Segundo o delator, os desvios foram feitos por ordem de Lima, que foi indicado ao cargo por Antoun.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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