Diretora da ONU elogia governo brasileiro por políticas para as mulheres

Em visita ao Brasil, Luiza Carvalho destaca contribuição do ganho real do salário mínimo para reduzir distorções salariais e pede ações focadas na juventude

A diretora regional da ONU Mulheres para Américas e Caribe, Luiza Carvalho, em visita ao Congresso Nacional, se reúne com a bancada feminina (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A diretora regional da Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres para Américas e Caribe, Luiza Carvalho, elogiou os progressos do Brasil na defesa das mulheres. Em palestra realizada na segunda-feira (22), em Brasília, a diretora ressaltou a importância das políticas públicas de combate à violência, empoderamento de mulheres e igualdade de gênero.

“Não podemos perder o que já conseguimos. Temos que preservar os avanços, sem retrocessos”, avaliou.

Luiza Carvalho lembrou que o ganho real do salário mínimo é “aclamado em todo o mundo” por ter contribuído para reduzir a diferença salarial entre homens e mulheres de 38% para 29%. A informação faz parte do relatório “O Progresso das Mulheres no Mundo 2015-2016: transformar as economias para realizar direitos”, divulgado em abril pela ONU Mulheres.

Para a diretora, as políticas de enfrentamento à pobreza beneficiaram, sobretudo, as mulheres negras e indígenas. Agora, é hora de promover ações voltadas para a juventude e ampliar o acesso ao mercado de trabalho, a sistemas de crédito, posses de terra e educação.

“Temos que funcionar de maneira que as mulheres possam ter acesso a uma formação diferenciada que as leve aos empregos de melhor remuneração também”,

As ministras de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, e de Promoção da Igualdade Racial, Nilma Gomes, reuniram-se com a diretora na segunda-feira. Eleonora falou sobre a importância da parceria da SPM com a ONU Mulheres e destacou ações do governo brasileiro, como o Programa Mulher Viver sem Violência, a Casa da Mulher Brasileira e o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça.

Nilma Gomes mostrou as ações brasileiras planejadas para a Década Internacional dos Afrodescendentes, que começou em 1º de janeiro deste ano e termina em dezembro de 2024.

Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias

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