Minha Casa Minha Vida reduz em 30% conta de energia elétrica
O Sistema de Aquecimento Solar (SAS) é oferecido em habitações do programa Minha Casa Minha Vida
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Além das mais de 900 mil pessoas já beneficiadas, cerca de outras 900 mil de diversos pontos do Brasil terão um Sistema de Aquecimento Solar (SAS) em habitações do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).
Mais de 80% dos moradores estão satisfeitos com o sistema e 85% recomendariam o seu uso, segundo pesquisa realizada pela Caixa Econômica Federal (CEF), em 2014, que também identificou economia de R$ 20 a R$ 40 para 51% dos beneficiários do programa.
A pesquisa da CEF teve uma amostragem de 5.356 unidades habitacionais, nas cidades de Campo Grande (MS), Maringá (PR), Rio de Janeiro (RJ), Itapetininga (SP), Sorocaba (SP), Frutal (MG) e Uberlândia (MG).
Segundo dados do Ministério das Cidades, o consumo de energia anual médio de quatro a cinco banhos de oito minutos, de uma família com cinco pessoas é de 3.240 kW/h.
Com a mesma configuração de família e banhos, sob o SAS, o consumo de energia cai para 2.400 kW/h. O sistema é obrigatório desde a segunda fase do MCMV e os custos de aquisição e instalação, cerca de R$ 2 mil, estão incorporados no projeto.
Membro da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, Fernando Marroni (PT-RS), afirma que beneficiários do MCMV, em Pelotas (RS), sua cidade natal, “onde há pouca incidência de sol”, estão alcançando uma economia de até 30% em suas contas de energia elétrica.
“E isso é muito importante para a classe beneficiária do Minha Casa Minha Vida”, destaca o deputado.
O sistema atende moradias destinadas a famílias com renda de até R$ 1,6 mil. A infraestrutura dos empreendimentos é composta de abastecimento de água, esgotamento sanitário, pavimentação, energia elétrica, iluminação pública e coleta de resíduos sólidos.
Para o deputado, o Brasil “sempre” foi o País da abundância e nunca se preocupou com a conservação da sua energia e na eficiência energética.
Segundo Morroni, as experiências do Brasil em matrizes renováveis são exitosas e cada vez mais as fontes alternativas, como a do aquecimento solar, devem ser consideradas em substituição à matriz convencional.
“O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou em 2014 que não há plano B para o planeta Terra. Agora, o Papa está a percorrer o mundo a dizer que é preciso mudar o padrão de consumo”, declara o deputado.
Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias