Dilma assume sem temor os custos de reformas que farão o Brasil voltar a crescer, afirma Levy
Ministro da Fazenda destaca que o ajuste fiscal é indispensável e reúne propostas sérias, em vez “populismos fáceis ou ilusões débeis”
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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu, nesta quarta-feira (5) a reforma fiscal proposta pelo governo e reafirmou o apoio à presidenta Dilma Rousseff pelo custo político que tem assumido em consequência dos ajustes econômicos.
“O ajuste fiscal é ferramenta indispensável para o Brasil voltar a crescer”, defendeu.
“O Brasil precisa de reformas rápidas, mas que não procurem conter populismos fáceis ou ilusões débeis”, alertou, ao participar do seminário Novo Ciclo do Cooperativismo de Crédito no Brasil, promovido pelo Banco Central, em Brasília.
“O governo e a presidenta assumiram a responsabilidade e o custo da popularidade de fazer o que é necessário para o Brasil retomar o crescimento”. Entre as mudanças em andamento, Levy destacou o projeto para melhorar a logística brasileira e os ajustes necessários nos benefícios previdenciários.
Para ele, Dilma Rousseff assume o custo de adoção das medidas “sem temor”. E acrescentou que “a presidenta sabe que o custo é importante porque significa assumir a responsabilidade decorrente da eleição pelo voto popular”.
De acordo com o ministro, a responsabilidade envolve o compromisso “de tomar as medidas necessárias mesmo que não antevistas”.
Levy aponta que não adianta discutir agora uma agenda pós-ajuste fiscal se as mudanças para acertar as contas do governo não estiverem completas. “A estratégia é muito clara, e o governo tem procurado informar a todos os setores seus objetivos com muita transparência”, defendeu.
Na opinião do ministro, as medidas adaptam o País a um ambiente em que é fundamental aumentar a produtividade e eficiência da economia. “Portanto, há estratégias que incluem as concessões de infraestrutura fundamentais para diminuir o custo do transporte da safra [agrícola]”, observou.
“Sabemos que plano logístico só terá sucesso se os investidores olharem para o Brasil e confiarem na nossa situação fiscal”, disse. Do contrário, os investidores “não vão querer colocar dinheiro para melhorar as estradas que estamos precisando (construir)”.
O ministro defendeu ainda a redução da burocracia existente na máquina administrativa, por meio da simplificação dos processos de recolhimento de impostos, dos sistemas eletrônicos e de automatização, que passarão a dar mais informações e mais segurança ao governo e aos contribuintes. Com isso, haverá redução de custo e aumento na eficiência para as organizações, especialmente para as pequenas e médias empresas.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Agência Brasil