‘Soberania significa submissão à vontade expressa nas urnas’, afirma Dilma

Presidenta ressalta que respeito à soberania popular faz com que Brasil seja respeitado em todo o mundo

Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de formatura da turma Paulo Kol 2013-2015, do curso de formação do Instituto Rio Branco e de imposição de Insígnias da Ordem do Rio Branco. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff defendeu, nesta quarta-feira (12), em cerimônia de formatura de diplomatas pelo Instituto Rio Branco, que é preciso respeitar a soberania popular, expressa por meio do voto.

“O Estado nacional brasileiro só é respeitado no mundo na medida em que, em nosso território, se exerce e se respeita plenamente a soberania popular”, afirmou.

Para a presidenta, “essa soberania significa submissão à vontade expressa nas urnas”. “Dela depende o cumprimento do programa econômico, social e político de mudanças que a sociedade escolhe sistematicamente de quatro em quatro anos”, completou Dilma.

Dilma Rousseff afirmou aos 32 novos diplomatas que a atuação deles deverá ser articular a defesa da soberania nacional e o respeito à soberania popular, base do processo de inclusão social. As duas esferas, de acordo com a presidenta, são “as duas dimensões essenciais da democracia”.

A presidenta defendeu também a democracia nos países latino-americanos e a importância dessas nações para a economia mundial. “A integração dos nossos países sempre pressupôs a democracia. Ela só foi possível quando os povos da região derrotaram as ditaduras do século passado”, detalhou.

“Sabemos que a integração também é cada vez mais possível, porque empreendemos nas últimas décadas um forte processo de redução das desigualdades e de inclusão social”.

Ela reafirmou a posição do Brasil na defesa de mudanças na Organização das Nações Unidas (ONU) e em mecanismos econômicos e financeiros tradicionais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Nosso apreço ao multilateralismo tem de expressar-se, igualmente, na afirmação de valores e na busca de uma nova governança mundial”, afirmou.

“A mesma preocupação em favorecer a formação de um mundo multipolar esteve na origem da constituição do Ibas (Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul) e na formação do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)”, explicou.

A presidenta lembrou ainda aos formandos que o Brasil tem compromisso com a paz, a tolerância, a diversidade e o respeito aos direitos humanos. “Onde vocês estiverem no futuro saberão sempre e terão presentes suas responsabilidades pela paz e solidariedade internacionais”.

Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias

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