Só há saída para a esquerda junto com Dilma, diz Maria do Rosário
Para a deputada, o campo progressista da sociedade brasileira tem de refletir sobre os riscos de se desestabilizar o governo na atual conjuntura
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Para a deputada federal e ex-ministra dos Direitos Humanos no primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff, Maria do Rosário (PT-RS), as mobilizações de viés progressista organizadas pelo País desde a semana passada mostram uma reação dos movimentos sociais frente ao clima golpista disseminado pelo conservadorismo.
Como resultado, o governo Dilma vive um momento que aponta para uma retomada de popularidade, afirmou Rosário em entrevista à Rede Brasil Atual publicada no sábado (22).
A deputada destacou que o campo progressista da sociedade brasileira tem de refletir sobre os riscos de se desestabilizar o governo na atual conjuntura.
“Qualquer iniciativa contra a Dilma e seu governo só dá respaldo e vai resultar em governos de apoio à direita. Só há saída para a esquerda: junto com Dilma”, enfatizou.
“A esquerda deve compreender que deve oferecer propostas que levem o governo Dilma, cada vez mais, para seu próprio campo, para o campo da esquerda, para propostas de esquerda. E não desestabilizá-la, porque qualquer iniciativa contra a Dilma e seu governo, só dá respaldo e vai resultar em governos de apoio à direita” ressaltou.
Maria do Rosário avaliou que a parcela mais reacionária da manifestação da avenida Paulista, dia 16, contra o governo Dilma, é minoritária no País.
“Mesmo que um setor golpista esteja presente naquelas manifestações do dia 16, mesmo que entre os manifestantes haja uma parte que promova golpe e ditadura, não vejo essa posição como majoritária”, destacou.
“E no dia 20 o que nós vimos foram os setores organizados, que são fundamentais para a nação brasileira, como sindicatos, associações”, completou Rosário.
Ao falar do ajuste fiscal, a deputada afirmou que o governo, para garantir sua estabilidade e superar a crise política, “precisa reorganizar sua base parlamentar com quem realmente oferece sustentação a ele, e reorganizar sua identidade com a base social”.
“Quem foi às ruas para defender o governo Dilma foram os sindicatos e os movimentos. Eles estão dizendo que os trabalhadores não podem pagar a conta. Avalio que medidas têm que ser tomadas para que o ajuste não seja direcionado aos segmentos populares, aos trabalhadores e trabalhadoras”, disse.
Rosário acredita que o governo da presidenta Dilma está tomando medidas para reverter o desemprego quando coloca novas possibilidades de investimento pelos bancos públicos.
“Eu elogio essa medida. A liberação de recursos de investimentos através de bancos públicos visa gerar empregos no país. Isso é muito importante”, destacou.
Agora, nós temos que garantir o financiamento de políticas sociais importantes na educação, na saúde pública, seguir fazendo isso. E temos que segurar a taxa Selic, parar com a escalada dos juros no país como uma questão fundamental no atual período”, ponderou.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Rede Brasil Atual