O pior da crise ficou para trás e o Brasil voltará a crescer, garante Dilma
Em entrevista a rádios na manhã desta terça, a presidenta enfatizou que a saída da crise será mais lenta se as pessoas torcerem pelo “quanto pior, melhor”
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A presidenta Dilma Rousseff garantiu, nesta terça-feira (25), que o Brasil vai voltar a crescer e afirmou que, apesar das ações do governo, a crise não será resolvida no curto prazo. Segundo Dilma, 2016 ainda será um ano de dificuldades. No entanto, ela pediu para que a preocupação das pessoas não se transforme em pessimismo.
“Vivemos um momento de dificuldade, em que temos de fazer ajustes na economia para voltar a crescer e é razoável que as pessoas se sintam inseguras e preocupadas com o futuro. Eu espero uma situação melhor. Mas não tenho como garantir que a situação em 2016 vai ser maravilhosa, mas também não será a dificuldade imensa que muitos pintam”, ressaltou.
A presidenta Dilma falou também a rádios do interior de São Paulo sobre o quadro econômico internacional e voltou a criticar a política do quanto pior melhor da oposição. Segundo ela, a ideia é que as dificuldades da crise econômica sejam superadas o mais rapidamente possível, mas enfatizou que enquanto as pessoas torcerem pelo “quanto pior, melhor”, a saída da crise será mais lenta.
Dilma citou a queda generalizada nas bolsas de valores do mundo inteiro nesta segunda-feira (24) e afirmou que a economia brasileira está se protegendo com medidas como o pacote de exportações, com parcerias com México, Estados Unidos, Alemanha e União Europeia, do plano de concessões e de investimentos na área de energia.
“Ontem tivemos a chamada segunda-feira negra, com a derrubada de bolsas que começa na China, atinge a Ásia e afeta o mundo todo. O Brasil está passando por dificuldades, e o mundo também. Eu espero que o ponto máximo das dificuldades tenha ficado para trás. Porque o governo nesta questão foi prudente”, afirmou.
“Estamos começando a implementar nossas medidas, não tem como estarmos pior no futuro, porque tomamos um conjunto de soluções. Acredito que o pior ficou para trás”, completou.
Ainda sobre a situação econômica do país, Dilma ressaltou que a desvalorização pela qual passa o real é ruim para as pessoas viajarem para o exterior e contribui com o aumento da inflação, mas, por outro lado, deixa as exportações brasileiras mais competitivas.
“Se é bom para as pessoas viajarem para outros países, ele é péssimo para indústria, porque diminui a competitividade dos produtos. A desvalorização tem um evento nocivo porque cria a inflação, mas tem o outro efeito de facilitar a exportação”, disse a presidenta.
Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias