Nem os porta-vozes tucanos dão crédito ao PSDB, diz Ságuas Moraes
O deputado rechaçou o discurso da oposição que teima em “culpar” o governo brasileiro pela conjuntura econômica atual
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O deputado Ságuas Moraes (PT-MT) rechaçou esta semana o discurso da oposição que teima em “culpar” o governo brasileiro pela conjuntura econômica atual. “A oposição insiste em não falar da crise mundial, reputando somente ao governo da presidenta Dilma toda a crise que acontece aqui e no mundo afora”, disse o parlamentar, que é um dos vice-líderes da bancada petista.
Para corroborar suas críticas à oposição, Ságuas citou recente entrevista do cientista político Sérgio Fausto, diretor do Instituto Fernando Henrique Cardoso, ao “Estadão”.
“O PSDB é um partido com dificuldade de definir uma linha clara de atuação parlamentar, seja na sua interlocução com a sociedade, seja na definição de uma clara diretriz política, na capacidade de falar com uma só voz e tem hoje um déficit de credibilidade, inclusive com seu eleitorado”, afirmou Sérgio Fausto ao diário paulistano.
As declarações do diretor do IFHC se somam à opinião do então vice-presidente nacional do PSDB, Alberto Goldman, que em maio passado disse que os tucanos não têm “um projeto de País”. Ou seja, “nem os porta-vozes tucanos dão crédito ao PSDB”, ironizou Ságuas.
Nesse contexto em que nem os porta-vozes tucanos poupam a inconsistência e a falta de credibilidade do partido, Ságuas diz que a oposição insiste em negar que os governos do PT têm enfrentado a crise com ações para evitar prejuízos para a sociedade brasileira. “A crise mundial começou em 2008 e levou vários países da Europa e também os Estados Unidos a uma situação de extrema dificuldade”, argumentou o parlamentar.
“Quando o presidente Lula assumiu este País”, acrescentou Ságuas, “tínhamos uma reserva cambial de 37 bilhões de dólares. Com superávit primário foi possível chegar em 2008 a uma reserva cambial de 420 bilhões de dólares e, com isso, o presidente Lula criou programas de incentivo com desoneração e redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de vários setores”, disse.
“Criou condições para que a indústria pudesse continuar produzindo, flexibilizou e ampliou o crédito, barateou os juros, fez com que a população tivesse crédito e possibilidade de adquirir produtos. O Brasil passou a consumir mais, a indústria passou a produzir mais. Com isso, geramos empregos em plena crise mundial. Chegamos ao final do ano passado com um índice de desemprego de 4,9%, o menor índice de desemprego da história do Brasil e um dos menores índices de desemprego de qualquer país do mundo”, mencionou o deputado.
Embora as políticas anticíclicas para enfrentar a crise de 2008 tenham consumido parte das reservas cambiais, deixando-as no patamar de US$ 370 bilhões, esse montante ainda é a quinta maior reserva cambial do mundo, observou Ságuas.
O deputado matogrossense reafirmou que a expectativa é a de que o País retome o crescimento a partir do próximo ano, sobretudo a partir das medidas econômicas adotadas pelo governo federal. “A oposição esquece que no governo do tucano FHC o desemprego girava entre 12% e 16%. Hoje, o maior desemprego nosso é, neste momento, de 8%. Sem dúvida nenhuma, no ano que vem já iremos reduzir o desemprego”, pontuou.
Por Gizele Benitz, do PT na Câmara