Inflação recua em setembro para 0,39%

Em agosto, o índice foi de 0,43%. Queda foi puxada por redução de valores de alimentos e bebidas

O governo Bolsonaro está perdendo a guerra contra o dragão da inflação e os preços dos produtos da cesta básica de alimentação disparou: o óleo de soja subiu 77,69%; o arroz, 59,48%; e o feijão fradinho, 58,49%

A inflação recuou de 0,43% em agosto para 0,39% em setembro, o que resultou em uma desaceleração de 0,04%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta terça-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A queda foi puxada pela redução nos preços dos alimentos e das bebidas, de 0,45% para -0,06%. De acordo com o IBGE, os valores dos alimentos consumidos em casa ficaram 0,37% mais baixos em relação a agosto.

A cebola, o tomate e a cenoura estão entre os alimentos que ficaram mais baratos no período. A alimentação fora de casa, em contrapartida, ficou mais cara em 0,51%, aponta o IBGE.

Os aumentos mais significativos ficaram por conta das passagens aéreas (23,17%) e do botijão de gás (5,34%). Juntos, responderam por um terço do índice do mês. De acordo com o Instituto, com a alta das passagens aéreas, o grupo com o maior índice foi o de Transportes (0,78%).

As tarifas de água e esgoto, junto com o reajuste do gás, impactaram o grupo de Habitação. O aumento não foi maior porque as contas de energia elétrica tiveram redução de 0,37%, devido à queda na parcela do PIS/Cofins.

Também desaceleraram os grupos Despesas Pessoais, de 0,73% para 0,51%, e Saúde e Cuidados Pessoais, de 0,83% para 0,50%.

Acumulado – Com o resultado deste mês, o IPCA-15 de julho, agosto e setembro acumula 1,42%. O acumulado do ano alcançou 7,78%, o mais elevado desde o período de janeiro a setembro de 2003, quando atingiu 8,46%.

Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias

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