Petistas comemoram dia de vitórias para o Brasil e para o governo

Manutenção de vetos da presidenta e envio da CPMF são resultado de amplo diálogo com o Congresso e acalmam os ânimos do mercado financeiro

O resultado da votação dos vetos da presidenta Dilma Rousseff, em sessão no Congresso na noite desta terça-feira (22), e o envio pelo Executivo da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para a recriação da CPMF são passos largos em direção à conclusão do ajuste fiscal e ao reequilíbrio das contas públicas.

“Foi um dia positivo para o governo e para o Brasil, afinal de contas, o Congresso deixou de ver seus interesses paroquiais e passou a perceber que, no cenário econômico em que vivemos, derrubar o veto seria um prejuízo muito grande”, comemorou o deputado federal Enio Verri (PT-PR).

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) concorda. “Foi uma resposta positiva que mostrou força e unidade. Vamos continuar avançando, manter os demais vetos e trabalhar as medidas do ajuste fiscal”, declarou.

Na avaliação do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, a maior parte das medidas sobre o ajuste fiscal foram resolvidas durante a sessão, que durou mais de cinco horas. “Ontem nós resolvemos 80%, 90% da pauta. Ficaram pouquíssimos vetos ainda para serem discutidos”, ressaltou, de acordo com o portal “G1”.

Mesmo sem a votação sobre o reajuste salarial do Judiciário, o ministro disse que a manutenção de todos os vetos votados foi “uma grande sinalização para o mercado”.

Diante dos avanços na política interna, Braga acredita na baixa do dólar nos próximos dias. “Nós estamos bastante confiantes de que haverá uma acomodação, principalmente a partir do momento em que o mercado percebe que nós estamos conseguindo votar matérias importantes da dita ‘pauta-bomba’ no Congresso Nacional”, analisou.

A decisão do Congresso em consonância com a do governo é fruto de uma ampla negociação entre Executivo e Legislativo. Nas últimas semanas, a presidenta Dilma Rousseff e interlocutores tiveram diversas reuniões com a base aliada.

Para o Verri, o diálogo incentivou a construção de consensos que facilitarão a aprovação da CPMF. “A proposta chega em um bom momento. Acredito que haja um debate profundo e intenso. Confio na sua aprovação, que contará com apoio de prefeitos e governadores”, afirmou.

A PEC chega ao Congresso com taxa de 0,20% em movimentações bancárias, a ser cobrada até 2019. Governadores e prefeitos querem incluir mais 0,18%, a ser destinado para estados e municípios.

Em reportagem do “PT na Câmara”, os líderes do partido e do governo na Casa, Sibá Machado (AC) e José Guimarães (CE), destacaram a importância das medidas fiscais enviadas na terça (22) por Dilma, como a reedição da CPMF.

De acordo com Sibá, as medidas são fundamentais para alcançar o equilíbrio do orçamento de 2016. “Estamos fazendo os ajustes necessários para que o País retome o caminho do crescimento de forma sustentável, com geração de renda e empregos”, afirmou.

Para o líder do PT, a recriação da CPMF é legítima e necessária. “A contribuição permitia recursos preciosos para a área de saúde e dava um controle mais eficaz e barato contra a sonegação. É uma contribuição justa, pois quem tem mais, paga mais, quem tem menos, paga menos”.

José Guimarães observou que o governo Dilma tem trabalhado duramente para que o País retome o crescimento econômico com a manutenção dos programas sociais. “As medidas enviadas ao Congresso são necessárias: o mundo passa por uma grave crise e o Brasil precisa tomar providências para fazer essa travessia que não é fácil, porém urgente’’, ponderou.

“O governo tem feito a sua parte, cortando na própria carne com a reforma administrativa. Cabe ao Congresso ter o compromisso e a responsabilidade em dar a sua contribuição ao ajuste econômico’’, reforçou.

Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias

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