Economia brasileira é sólida e problemas são conjunturais, diz Dilma na ONU

Na ONU, presidenta detalhou ações que retardaram o avanço da crise de 2008 no País. Ela também saiu em defesa da democracia no País

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff garantiu, em discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), nesta segunda-feira (28), que a economia brasileira não tem problemas estruturais graves.

“Nossos problemas são conjunturais. Propusemos cortes drásticos de despesas e redefinimos nossas receitas”, explicou a presidenta, aos líderes mundiais.

“Hoje a economia brasileira é mais forte, sólida e resistente do que há alguns anos atrás. Estamos em um momento de transição para um novo ciclo de expansão mais profundo, mais sólido e duradouro”, explicou Dilma.

De acordo com a presidenta, ao longo dos últimos seis anos, o governo utilizou diversas medidas para evitar que os efeitos da crise mundial, iniciada em 2008, atingisse a economia brasileira.

“Por seis anos adotamos amplo conjunto de medidas, aumentamos os empregos, aumentamos a renda, ampliamos crédito, reduzimos impostos. O esforço chegou agora ao limite, tanto por razões fiscais internas tanto por aquelas relacionadas ao quadro externo”, avaliou, ao citar a lenta recuperação econômica mundial e o fim do superciclo de commodities.

Como é tradição, a presidenta foi a primeira chefe de Estado a discursar na Assembleia. Dilma disse que o processo de inclusão social no Brasil não foi interrompido pelas dificuldades financeiras.

Além disso, ela explicou que o controle da inflação, a retomada do crescimento e o crédito serão as bases para a nova fase econômica.

Em seu discurso, a presidenta ressaltou ainda a importância a consolidação democrática para que o País alcançasse os avanços sociais dos últimos 12 anos.

Sobre as investigações de ilícitos, Dilma destacou que “o governo e a sociedade brasileira não toleram e não tolerarão a corrupção”.

“Valho-me de recente manifestação de Mujica (ex-presidente uruguaio). ‘Essa democracia não é perfeita porque não somos perfeitos, mas nós temos que defendê-la para melhorá-la, e não sepultá-la’”.

Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias

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