Lula acusa ‘Época’ de mentir e manipular informações para incriminá-lo
Por meio de nota, o Instituto Lula acusa a revista de “distorcer” informações e acontecimentos para tentar desgastar e atacar a imagem do ex-presidente
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Mais uma vez a revista “Época” é acusada de mentir e “distorcer” informações e acontecimentos para tentar desgastar e atacar a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Por meio de nota, divulgada neste sábado (3), o Instituto Lula desmente reportagem do veículo da Editora Globo, desta semana, que insiste em acusar o petista de fazer lobby para a empreiteira Odebrecht.
A publicação refere-se à conversa, realizada em 2013, de Lula com o então vice-presidente da Guiné Equatorial, Ignácio Milan Tang.
A assessoria do ex-presidente desmente a acusação e afirma que o ex-presidente “sempre defendeu de forma pública a ampliação das relações comerciais entre Brasil e África” e jamais escondeu que defendeu a promoção de empresas brasileiras no exterior, “já que a exportação de bens e serviços brasileiros gera empregos no Brasil”.
O Instituo Lula enfatiza que o ex-presidente não recebe remuneração para defender empresas brasileiras, de qualquer setor, no exterior. “Faz isso porque acredita na importância disso para o desenvolvimento do Brasil. Fez quando era presidente e continuará fazendo como ex-presidente”, rebate.
Como prova de que Lula recebe remuneração profissional apenas quando é contratado para dar palestras para empresas privadas, o que fez 71 vezes para 42 empresas diferentes ao longo de 4 anos e 6 meses, o Instituto Lula divulgou recentemente a lista dos contratantes do ex-presidente.
“O valor que foi recebido pelo ex-presidente por palestra para a Odebrecht é o mesmo cobrado para palestras para outras empresas. Nem mais, nem menos. Todas as palestras contratadas aconteceram e os dados sobre elas e as viagens do ex-presidente foram repassados ao Ministério Público”, explicou o instituto.
“Lula não é lobista, consultor, ou funcionário de nenhuma empresa. É contratado para palestras e só”, enfatiza a nota.
Sobre a acusação da revista de que Lula teria feito uma visita a Gana, a pedido do então presidente do país, John Dramani Mahama, para que o ajudasse a conseguir crédito no valor de US$ 1 bilhão para projetos de infraestrutura, o Instituto Lula afirma que o ex-presidente não interferiu no “processo técnico ou critérios de autorização de empréstimo para aquele país”.
A resposta ressalta ainda que a conversa do petista com com o presidente de Gana foi acompanhada e relatada pelo corpo diplomático brasileiro.
A “Época” ainda “confunde o leitor” ao mencionar dois telegramas diplomáticos, enviados quando Lula era presidente, como se tivessem sido enviados após sua saúda do governo.
Um de 2007, quando recebeu o presidente de Moçambique e, segundo a mensagem, teve uma atuação absolutamente institucional no encaminhamento de um comunicado do chefe de estado daquele país. O outro, uma mensagem diplomática da embaixadora Leda Lucia Camargo sobre possíveis financiamentos à empresa Marcopolo, que como a própria revista registra, “sequer aconteceram”.
Para finalizar, o instituto afirma que todas as viagens e atividades do ex-presidente foram divulgadas para a imprensa e poderiam ter sido acompanhadas se houvesse interesse nas atividades de Lula na África.
Entretanto, Lula ressalta que a revista insiste em “tratá-las como se fossem viagens clandestinas e ignorar as ações do Instituto Lula em prol do desenvolvimento social do continente africano”.
“Lamentamos a falta de objetividade, ética, boas práticas jornalísticas e acima de tudo, os preconceitos da revista Época em relação a África e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, conclui a nota.
Confira a resposta do Instituto Lula, na íntegra.
Da Redação da Agência PT de Notícias