Rebelo assume quarto ministério em treze anos de governos do PT
Ministro propõe disciplina e hierarquia em contraposição ao individualismo exacerbado da sociedade de consumo
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O ministro Aldo Rebelo assumiu nesta quinta-feira (8), das mãos do antecessor Jacques Wagner no ministério da Defesa, a quarta pasta que ocupa no primeiro escalão do Executivo em treze anos dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Em suas palavras de posse, Rebelo destacou a “crise de valores” por que passam o Brasil e países contemporâneos. Ele propôs a recuperação dos “valores mais profundos” da construção da humanidade, em contraposição ao individualismo da sociedade de consumo.
“Não se constrói uma sociedade sem disciplina, hierarquia, sem solidariedade e sem o espírito de camaradagem, comum nas instituições militares”, discorreu. Para o ministro, defender a hierarquia e a disciplina não significa negar a democracia.
“A sociedade precisa de coesão, disciplina e hierarquia. Precisa ser forte, sem que isso signifique a negação da democracia, das disputas naturais entre os partidos, entre grupos políticos. Essas disputas não podem sufocar o interesse nacional”, declarou.
Na cerimônia, Wagner, agora ministro-chefe do Gabinete Civil da Presidência da República em substituição a Aloísio Mercadante (que voltou ao Ministério da Educação), deu boas-vindas ao seu sucessor e lamentou sua saída da Defesa, pela “importância (da pasta) para o desenvolvimento do país”.
Wagner destacou a importante missão que assume na Casa Civil, pelo “delicado momento” que o país vive.
“(O Brasil) precisa se superar rapidamente para retomar o crescimento econômico e para que as condições de governabilidade se restabeleçam por meio da articulação política. Não será uma missão fácil, mas sempre acreditei no poder do diálogo como único caminho capaz de beneficiar o Brasil”, ressaltou.
A solenidade sofreu um contratempo inesperado, que dividiu a atenção dos presentes nas primeiras palavras de Rabelo: um dos oficiais, portando uma bandeira e próximo ao novo ministro, sofreu um mal súbito e foi retirado por funcionários.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias