Parecer do TCU tenta justificar o golpe contra a presidenta, declara Lindbergh
Senador afirma que documento não teve fundamentos técnicos, mas políticos e partidários
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O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou, na quinta-feira (8), o parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) que rejeitou as contas de 2014 do governo federal. De acordo com o parlamentar, o documento não teve fundamentos técnicos, mas políticos e partidários para justificar um golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.
“O vale tudo sem limites para justificar um golpe contra a presidente Dilma Rousseff ameaça tornar a democracia um vale nada”, asseverou.
Lindbergh avaliou que a recomendação do Tribunal de tornar crime “as práticas orçamentárias decorrentes de crise fiscal” e que foram adotadas por outros governos, inclusive do PSDB, faz parte da “busca canhestra por um terceiro turno das eleições presidenciais” de 2014.
Para o parlamentar, a oposição e a presidência da Câmara tratam a democracia de maneira irresponsável. “Uma coisa não esperem da gente: covardia. Nós temos base social. Nós sabemos que tem desgaste no governo. Nós sabemos que a presidente Dilma enfrenta uma crise de popularidade. Agora, nós não vamos aceitar golpe”, ponderou.
“Tirarem uma presidente eleita legitimamente. Sem uma acusação direta. Olhem para onde estão levando esse Brasil? São eles que estão entrando num processo de radicalização. Nós não vamos aceitar um processo como esse”, complementou.
O petista citou o artigo 86 da Constituição Federal, que define que o presidente não pode ser responsabilizado, durante seu mandato, por atos alheios ao exercício de suas funções.
“Está óbvia no texto a intenção de excluir a hipótese de responsabilização da presidente por atos que não tenham sido praticados no mandato corrente”, pontuou.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Agência Senado