Após fracasso em projeto, Alckmin estuda privatizar linhas do monotrilho
Obras estão atrasadas e sem previsão de entrega por falta de recursos. Privatização também pode enfraquecer o Sindicato dos Metroviários do estado de São Paulo
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O governo de Geraldo Alckmin (PSDB) estuda conceder à iniciativa privada a operação das linhas 15-prata, na zona leste da cidade de São Paulo, e a 17-ouro, na zona sul. De acordo com reportagem publicada nesta terça-feira (13) pelo jornal “Folha de S. Paulo”, a privatização é vista como solução para conseguir recursos para concluir os trechos.
As obras de metade dos trajetos foram paralisadas pela gestão tucana e não há definição de quando serão retomadas. A possível privatização será uma tentativa de “salvar do fracasso” o monotrilho.
Atrasos – Segundo a reportagem, “na melhor das hipóteses”, 17 das 36 estações estarão abertas em 2018, com 21,9 quilômetros dos 44,4 anunciados entregues. O atraso em relação ao prazo anunciado inicialmente será maior que seis anos, juntando os dois trechos.
Os custos também estão mais elevados do que os anunciados, em mais de R$ 300 milhões na linha 15. A linha 18-bronze, na região do ABC Paulista, teve contato assinado em 2014, com previsão de privatização. Mas ainda não saiu do papel e não há previsão.
Sindicato – Além de evitar gastos com contratação de mais funcionários e levantar verba para a conclusão das obras, a privatização enfraqueceria o Sindicato dos Metroviários, visto como “grevista” pela gestão tucana. A categoria é contra as privatizações.
A justificativa do governo de São Paulo é que a opção teria uma construção mais rápida e barata que o metrô. No entanto, o primeiro contrato ocorreu há mais de seis anos e nenhuma das duas obras foi entregue.
O modelo de transporte é pouco usado no mundo para grandes contingentes populacionais. Foi uma opção nas décadas de 70 e 80 e ressurgiu em países como China e Malásia nos últimos anos.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do jornal “Folha e S. Paulo”
