Questões políticas não se resolvem com ruptura institucional, declara ministro

Após reunião de coordenação política, Edinho Silva defendeu diálogo e criticou tese do impeachment

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Edinho Silva, comentou, após reunião de coordenação política nesta terça-feira (13), que divergências políticas não se resolvem com “ruptura institucional”.

Edinho destacou que a decisão de questionar junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as mudanças em regras de tramitação de impeachment criadas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), partiu de deputados e não do governo.

“Essa é uma decisão por conta de iniciativas de parlamentares. Os parlamentares têm os motivos para que tivessem tomado essa iniciativa jurídica e, evidentemente, o Supremo tem também seus motivos para ter aceito nesse momento os argumentos dos parlamentares”, analisou.

“O que é importante tratarmos: o impeachment é uma questão jurídica. O Brasil não pode resolver as suas questões políticas com ruptura institucional. O impeachment só se justifica se tem fundamento jurídico”, defendeu.

Na avaliação de Edinho, os problemas políticos têm que ser resolvidos “com a capacidade de diálogo, de superação de contradições, com o debate entre oposição e governo”. Sobretudo, avalia, o País não pode parar por conta de “uma contradição política defendendo um processo de impeachment”.

Em coletiva na Câmara, o líder do governo na Casa, deputado José Guimarães (PT-CE), fez a mesma defesa. “A Câmara não pode ficar aprisionada a esse debate”, ressaltou.

Para ele, é importante que os projetos sejam analisados e votados normalmente, tendo como foco os interesses do Brasil. “Temos praticamente 60 dias de sessões e é fundamental que a Câmara funcione. Não pode ficar só nesse debate. Vamos discutir, vamos votar as matérias”, criticou.

Para Edinho, o debate sobre um eventual impeachment sem que haja fundamento jurídico atrapalha a estabilidade institucional e paralisa ações do governo para superar a crise econômica.

“O governo da presidenta Dilma quer governar, queremos trabalhar, servindo aos interesses do povo brasileiro, queremos trabalhar para tirar o Brasil dessa situação de dificuldade”, ressaltou.

Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias, com informações da Agência Brasil

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