Sucesso brasileiro no combate ao desmatamento é destaque da OCDE
Organização internacional classifica como “notável” o resultado obtido pelo país a partir de 2004 na redução de queimadas e propõe taxação maior sobre atividades poluentes
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A Organização multinacional para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), formada por 34 países membros, teceu elogios ao “sucesso notável” do governo brasileiro no combate e redução do desmatamento florestal no país.
O relatório de avaliações de risco ambiental foi apresentado em Brasília nessa quarta-feira (4) pelo secretário-geral da instituição, Angel Gurría.
“A redução na taxa de desmatamento da Amazônia na última década ajudou o Brasil a reduzir em 40% as emissões de gás de efeito estufa desde 2000”, afirma o relatório.
Para Gurría, “isso é consequência do esforço decidido do governo, que colocou o desmatamento em outras agendas setoriais”, disse o secretário-geral da OCDE, referindo-se ao plano de ação para implantado a partir de 2004.
Tais ações, iniciadas pelo governo do então presidente Luís Inácio Lula da Silva, “resultaram na redução em 75% na taxa anual de desmatamento da região amazônica”. O país detém, lembrou Gurría, a maior reserva florestal do mundo e 12% da reserva de água doce, conforme registro do Portal Brasil da presidência.
Presente à cerimônia, a ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, atualizou a informação da OCDE, afirmando que a taxa de redução já chegou aos 82%.
“Não é trivial monitorar e cuidar de um território que é mais da metade do brasil”, destacou ela.
Izabela previu mais avanços a partir da integração da gestão federal do meio ambiente com os sistemas estaduais e municipais, em andamento.
O documento lista, ainda, 53 recomendações ao governo brasileiro para preservação do meio ambiente, inclusive um maior “esverdeamento da economia”. Para isso, sugere a adoção de tributos “verdes” em substituição aos sobre o consumo. Essa é uma forma de taxar mais as atividades poluentes.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias