Dilma e Brics unem-se contra terrorismo e pela retomada da economia global
Países emergentes anteciparam-se à reunião do G20 na Turquia para defender ações coordenadas contra terroristas e pelo reequilíbrio econômico internacional
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Consternada com os atentados terroristas em Paris, e presente na Europa no exato momento da tensão provocada no velho continente pelo Estado Islâmico (EI), a presidenta Dilma Rousseff uniu-se aos parceiros do grupo Brics, sigla que designa a união de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, para anunciar ação conjunta do bloco contra o terrorismo internacional e pela retomada da economia global, via reunião do G20.
A cúpula das 20 maiores economias do planeta está reunida no balneário Antália desde domingo (15), na Turquia, o que motivou a ida da presidenta à Europa, onde desembarcou no sábado (14). O encontro prossegue por toda esta segunda-feira (16).
Como de costume, os presidentes e chefes de estado dos cinco maiores países emergentes no mundo aproveitaram a reunião do G20 para marcar posição coordenada sobre temas internacionais na condição de Brics, O encontro aconteceu na manhã desse domingo (15), antes do início do G20.
Dilma Rousseff, Vladimir Putin, primeiro-ministro Narendra Mode, Xi Jiping e Jacob Zuma se comprometeram a fortalecer a cooperação entre os membros do grupo, e com outras nações, para enfrentamento e combate ao terrorismo.
No sábado, a presidenta já tinha manifestado ao povo francês, via carta aberta ao presidente François Hollande, seu repúdio ao ataque “covarde” do EI.
Coordenados por uma célula terrorista, os ataques simultâneos resultaram numa carnificina na noite de sexta-feira (13) em seis diferentes pontos gastronômicos, esportivos, e culturais parisienses.
Sete terroristas armados com fuzis e bombas coladas ao corpo mataram 129 pessoas e feriram 352, entre elas, três brasileiros (dados de domingo). Como 99 estão estado grave, não se descarta mais vítimas dos atentados. Os terroristas que não se explodiram, e mais um comparsa, foram mortos pela polícia francesa.
A alegação do EI é de que a ação foi uma vingança contra a França pela atuação na Síria no combate ao extremismo islâmico.
Atrocidade – Falando pelos Brics, a presidenta Dilma reiterou seu repúdio aos ataques ocorridos em Paris. “Essa atrocidade torna ainda mais urgente uma ação conjunta de toda comunidade internacional no combate sem tréguas ao terrorismo”, afirmou.
A situação econômica internacional também mereceu atenção dos líderes das cinco nações emergentes. A crença do grupo é que ações coordenadas para aplicação conjunta pelo G20 podem ser o caminho para a criação de ambiente favorável à retomada da economia global.
O comunicado conjunto dos Brics realçou “a importância do fortalecimento da coordenação e da cooperação em políticas macroeconómicas entre os membros do G20, para evitar repercussões negativas e de modo a lograr crescimento forte, equilibrado e sustentável”.
Dilma anunciou a intenção de os Brics defenderem na reunião do G20 temas focados prioritariamente em investimentos na infraestrutura, reforma nas instituições financeiras internacionais (como Fundo Monetário Internacional/FMI), redução da volatilidade nos mercados globais e combate à pobreza e à desigualdade.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias, com informações da “Agência Brasil”