Golpistas devem ser retirados do gramado em frente ao Congresso
Após disparos de armas de fogo e bombas terem sido jogas contra a Marcha das Mulheres Negras, o parlamento se movimenta para liberar o local
Publicado em
O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) afirmou nesta quinta-feira (19) que vai pedir a Polícia Federal e a Polícia Militar para fazer uma varredura para detectar as pessoas que estão armadas no acampamento montado no grama em frente ao Congresso Nacional.
“Precisamos estabelecer uma convivência enquanto perdurar a presença daquelas pessoas ali em frente ao Congresso. Há um ato antigo no Congresso que determina que para haver a ocupação dessa área é preciso anuência conjunta dos presidentes da Câmara e do Senado”, explicou Calheiros.
“Não posso sozinho autorizar ou mandar as pessoas serem retiradas dali. Tem que ser uma decisão conjunta”, completou.
Na semana passada, após um manifestante ser pego pela Polícia Civil portando forte armamento, a bancada do PT na Câmara solicitou ao Ministério da Justiça que acionasse a Polícia Federal para investigar a atuação de grupos golpistas acampados nas imediações do Congresso Nacional.
O homem portava uma arma de fogo e tinha diversas armas brancas escondidas em seu carro, que estava parado junto ao acampamento que pede o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em frente ao Congresso Nacional.
“Respeitamos a liberdade de expressão e de manifestação, mas jamais poderemos nos omitir diante de fatos gravíssimos como o que ocorreu e que podem se repetir na forma de tragédia”, diz a nota.
Na tarde desta quarta-feira (18), durante a Marcha das Mulheres Negras, dois homens sacaram suas armas de fogo e disparam enquanto as mulheres, que estavam na passeata de forma pacífica, tentavam se aproximar do Congresso Nacional. Bombas e rojões também foram jogados, segundo participantes da marcha.
“Aquelas bombas foram soltas ali por eles. Temos pessoas feridas. E as mulheres, como sempre, pacíficas, assustadas e se sentindo desprotegidas pelo poder público, na medida em que não tem um policiamento para resguardar uma marcha de mais de 10 mil mulheres”, indignou-se a deputado Benedita da Silva (PT-RJ), na quarta (18), em plenário, logo após a confusão.
Da Redação da Agência PT de Notícias