Acordo do clima ainda depende de convergência entre ricos e pobres

Ainda não há um entendimento comum entre os países participantes da 21ª Conferência do Clima sobre o financiamento do programa global para conter o “efeito estufa”

Paris - França, 30/11/2015. Presidenta Dilma Rousseff posa para foto oficial durante 21º Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima – COP21. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Está previsto o anúncio, neste sábado (12), dia de encerramento do encontro mundial do clima em Paris, de uma decisão sobre o acordo global para conter o aquecimento do planeta.

O adiamento do anúncio, previsto inicialmente para sexta-feira (11), foi motivado por divergências sobre o financiamento das ações multilaterais para enfrentar o problema.

Líderes de mais de 190 países que participam do encontro da 21ª Conferência do Clima (COP21) na capital francesa não conseguiram chegar a uma proposta que atenda a todos.

Ainda não há um entendimento comum sobre o financiamento do programa global para conter o “efeito estufa”, sob responsabilidade da Organização das Nações Unidas (ONU), que, para valer, requer a adesão de todos os países membros.

Quem vai pagar, quanto vai pagar e como vai pagar. Essas incertezas dividem o mundo mais uma vez entre ricos e pobres e não foram superadas após 12 dias do encontro promovido pela ONU, iniciado na segunda-feira, 30 de novembro.

Os ricos não aceitam pagar tudo; os pobres defendem que os ricos, que são os maiores contribuintes para o problema, assumam grande parte do custo. O aquecimento é causado pela emissão de gases tóxicos (como CO2), emitidos especialmente pelos países ricos e a China, em desenvolvimento.

Queima de combustíveis fósseis, florestas e até emissão de arroto bovino são fontes dos gases que provocam o aumento da temperatura e deterioração ambiental do planeta. Registros meteorológicos já indicam temperatura aumentada em 1ºC do século passado para cá.

O acordo do clima objetiva conter o aquecimento do planeta em até 2 graus celsius (2ºC) até o final deste século 21. Pesquisadores e cientistas estimam que esse nível de aquecimento será suficiente para deteriorar muito as condições de vida sobre a Terra.

Projeções científicas atribuem a tal aumento da temperatura terrestre uma mudança climática que trará graves riscos à vida de espécies zoo-botânicas e piora acentuada nas condições de sobrevivência, inclusive da raça humana.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias

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