Aécio mente sobre Porto de Mariel

BNDES não repassou recursos à Cuba, mas sim à Odebrecht. Investimento gerou mais de 150 mil empregos e beneficiou cerca de 400 empresas

O candidato do PSDB, Aécio Neves, mentiu sobre o financiamento do Porto de Mariel, em Cuba, em propaganda eleitoral veiculada na tevê na terça-feira (23). O financiamento de US$ 682 milhões, concedido pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), não foi repassado ao governo cubano, mas sim à uma empresa privada brasileira, a construtora Odebrecht.

O investimento gerou cerca de 156 mil empregos diretos, indiretos e induzidos no Brasil. Segundo o governo federal, ao menos 400 empresas brasileiras participaram, direta ou indiretamente, das obras.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, esclareceu, em maio deste ano, que o banco federal é impedido, por lei, de fazer empréstimos a empresas estrangeiras. Além disso, ele explicou que apenas 3% dos financiamentos concedidos em 2013 foram destinados ao exterior.

“O BNDES libera recursos apenas para empresas brasileiras que tenham sido encarregadas de realizar um serviço no exterior. Nossa relação é com a empresa nacional, para gerar empregos no Brasil”, destacou Coutinho, em audiência na Câmara dos Deputados.

Desta forma, é possível compreender que o BNDES não investiu em Cuba. O banco federal investiu no Brasil, por meio de financiamento a Odebrecht.

Revolução Portuária– Em 2013, a presidenta Dilma sancionou o novo marco regulatório para os portos brasileiros. Com isso, foram removidas as restrições ao investimento privado no setor.

A alteração aumenta a oferta de instalações portuárias no Brasil e permite que terminais de uso privado também tenham permissão para transportar cargas de terceiros.

De acordo com a presidenta, após a aprovação da lei, os investidores privados se comprometeram a destinar R$ 8,1 bilhões em 18 terminais de uso privado no Brasil.

“Meu governo está trabalhando intensamente para promover a revolução na logística de transporte do país”, ressaltou Dilma.

 

Por Mariana Zoccoli, da Agência PT de Notícias

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