Alimentação registra queda global de preços

FAO informa que cerais, laticínios, oleaginosas e carnes tiveram baixa em novembro, enquanto derivados da cana-de-açúcar são únicos produtos em alta

Pressionado pela valorização do dólar, o índice global de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), registrou queda de 1,65% em novembro, de acordo com comunicado divulgado pela instituição multilateral, nesta quinta-feira (3).

Segundo a instituição, as cotações de praticamente todos os alimentos, à exceção das de açúcar, caíram no mês passado, resultando na menor pontuação do índice, de 156,7 pontos, contra 159,3 pontos de outubro. Foi a primeira queda nos últimos três meses.

O Índice de Preços de Alimentos da FAO avalia cinco grupos de alimentos do mercado internacional de commodities (produtos primários e essenciais): cereais, carnes, laticínios, óleos vegetais e açúcar.

Segundo o comunicado, o índice apresenta queda em boa parte dos últimos 20 meses devido aos estoques elevados e a ampla oferta dos produtos.

A instituição também não descarta maior redução dos preços nos meses seguintes devido ao fortalecimento do dólar, moeda que referencia o valor internacional das commodities.

“Todos os indicativos são de que o dólar deverá subir, especialmente se o banco central dos Estados Unidos elevar as taxas de juros. O câmbio tem puxado a queda nos preços. Não se pode descartar mais pressão baixista nos preços nos próximos meses”, afirmou à Agência Reuters internacional o economista Abdolreza Abbassian, da FAO.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias

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