Alteração da meta de superávit é positiva para o Brasil

Após encontro com Dilma, líderes definem estratégia para votar mudança que garante investimentos e desonerações

Brasília - DF, 01/12/2014. Presidenta Dilma Rousseff durante encontro Líderes dos Partidos da Base Aliada no Senado Federal e Câmara dos Deputados, no Palácio do Planalto. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff reuniu-se, ontem (1º), com os líderes da base aliada do governo no Congresso Nacional. Na pauta, a alteração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para permitir o desconto dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e das desonerações de impostos. Segundo o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana, a base está mobilizada para a votação que deve ocorrer hoje (2).

“Em um momento de forte crise da economia mundial, nós entendemos que era preciso garantir o volume de investimentos públicos, em obras de infraestrutura, nas obras do PAC e, também, garantir um conjunto de desonerações”, explicou. Fontana lembrou que os parlamentares de oposição apoiaram as diminuições de impostos feitas pelo governo. “Eu estranho que não nos acompanhe no ajuste da LDO”, confessou.

O parlamentar fez questão de destacar que o governo não terá déficit em suas contas e que continuará a ser um dos três países do G20 que apresentarão superávit em 2014. “Dos 20 países que compõe o G20, 17 estão fazendo déficit fiscal. E o Brasil está pedindo autorização para ser um dos três que vão fazer um superávit menor, mas nós não vamos fazer déficit. Então, a política que estamos tentando votar no parlamento é coerente com as necessidades da economia brasileira para este momento”, concluiu.

Henrique Fontana ressaltou que governadores dos partidos da oposição não seguiram os representantes no Congresso para fazer oposição à alteração da LDO. “Eu não estou vendo governadores da oposição criticarem a alteração da LDO. Porque os governadores, que estão no dia a dia dos governos, sabem que esse ajuste de gastos é necessário para o momento”, afirmou. Para o deputado, os investimentos do PAC e as desonerações impediram uma situação de recessão e desemprego.

Crise Mundial – O deputado rebateu as críticas da oposição em relação à situação da economia brasileira. Para Fontana, o Brasil tem uma redução progressiva do endividamento, um crescimento progressivo das reservas cambiais e uma taxa crescente de emprego, sempre mantendo a inflação dentro da meta estabelecida. “Os tucanos na oposição não gostam de falar sobre o período que eles governaram, que teve crescimento da dívida. O Brasil quebrou três vezes e foi buscar dinheiro emprestado no FMI”, lembrou.

Outro defeito da oposição, avaliado por Fontana, é o cenário econômico sem levar em conta o contexto mundial. “Nós estamos vivendo a maior crise da economia mundial desde 1929 e, a partir de 2008, o mundo perdeu 60 milhões de empregos. E o Brasil tem o melhor nível de emprego de toda sua história. Isso é sinal que a presidenta Dilma vem conduzindo bem a economia do País”, concluiu.

Da Redação da Agência de Notícias do PT

PT Cast