Articulação de Esquerda lança Valter Pomar candidato à presidência do PT

Para historiador, candidatura representa “uma voz a mais em defesa de um partido internamente democrático, militante, presente e atuante nos territórios, nos locais de moradia, de trabalho, de estudo, de cultura e lazer”

Articulação de Esquerda

Articulação de Esquerda reunida

O historiador e membro do Diretório Nacional do PT, Valter Pomar, registrou, neste sábado (15), sua candidatura para concorrer à presidência nacional do partido pela Articulação de Esquerda. O Processo de Eleição Direta (PED) 2025 ocorrerá no dia 6 de julho, quando será realizada a votação que irá eleger representantes de diretorias municipais, estaduais e nacional.

Em declaração ao site do PT Nacional, Pomar afirmou que sua candidatura representa um projeto de direção socialista para orientar a disputa política do partido no país. O petista defende que o PT esteja alinhado com propostas de reformas estruturais, em um processo de transformação “radical” do Brasil. “Representa uma voz a mais em defesa de um partido internamente democrático, militante, presente e atuante nos territórios, nos locais de moradia, de trabalho, de estudo, de cultura e lazer”, explica o historiador.

Em uma análise atual da conjuntura política e econômica brasileira e mundial, Pomar faz um alerta ao campo progressista: “Vivemos tempos de guerra, de crise do capitalismo, de catástrofe ambiental”, avalia. “Em tempos assim, se quisermos vencer, é preciso mudar nossa estratégia e nosso jeito de funcionar”. Isso só será possível, sustenta, se o PT for um instrumento “de fato” da classe trabalhadora.

O candidato também detalha os desafios da próxima direção do partido, a começar por um processo de descentralização interna. “O PT precisa ser menos presidencialista e voltar a ter direção coletiva”, opina.

“Falando dos desafios políticos no ano de 2025, destaco quatro: primeiro, contribuir para que o governo federal mude de rumo e recupere a bandeira da “transformação”; segundo, estimular, apoiar e protagonizar a mobilização social, inclusive como contraponto a maioria de direita no Congresso; terceiro, reforçar o debate politico ideológico contra o neofascismo e contra o neoliberalismo, criando um ambiente favorável a prender os golpistas e também ajudando a nos livrar da canga do “ajuste fiscal permanente”; quarto, fazer da cúpula dos BRICS e da COP 30 momentos de afirmar nossa política externa altiva e ativa e, também, a política de relações internacionais do PT”, elenca.

De acordo com o historiador, a vitória de Lula em 2026 passa obrigatoriamente pelo enfrentamento dos quatro desafios apontados, e de outros adjacentes. Se o PT for bem sucedido na estratégia, insiste Pomar, criará “as condições para um quarto mandato bem melhor do que o atual”.

“Destaco, entretanto, que nossa preocupação maior é com o partido. O PT está ameaçado, não apenas por nossos inimigos, mas também pelos nossos erros e insuficiências”, adverte o petista.

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Críticas ao PED

Pomar também não economiza críticas ao próprio processo de renovação dos quadros do partido, o PED. “Em todos os PED realizados desde 2001, a maior parte dos filiados não compareceu para votar”, cita ele. “E a maior parte dos que compareceram, votaram sem que antes tivessem participado de um único debate entre as chapas e as candidaturas”, aponta.

Pomar considera que, desde 2001, o processo foi contaminado por práticas de abuso de poder, interferências externas e até fraudes. “Apesar disso, em alguns momentos o PED foi importante para defender o partido e inclusive para mudar os seus rumos. Foi o que aconteceu em 2005 e é o que espero volte a acontecer em 2025”, conclui o candidato da Articulação de Esquerda.

Acesse o comprovante de inscrição de Valter Pomar clicando aqui.

Da Redação

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