Ato liderado por mulheres reúne 7 mil em Brasília em defesa de Dilma

Os movimentos estudantis pediram o não retrocesso de direitos conquistados durante anos pelas mulheres e pela juventude

Líderes estudantis Ana Kelly Silva, representante da UMES/MA; Fabíola Loguercio, diretora da UBES; Carina Vitral, presidente da UNE; Andressa Versa, vice-presidente da UBES; e Vitória Davi, diretora da UBES em Santa Catarina (Foto: Lula Marques/Agência PT)

Estudantes e movimentos sociais ocuparam, nesta sexta-feira (13), o centro da capital federal para defender o mandato da presidenta Dilma Rousseff e os direitos das mulheres. Mais de sete mil pessoas participaram da passeata, segundo os organizadores, que terminou em frente ao Congresso Nacional, sob liderança de mulheres que presidem entidades de estudantes pelo país.

“Essa passeata, liderada por mulheres, mostra a força da mulher dentro do movimento estudantil e o nosso empoderamento. Coisa que não acontece dentro do Congresso Nacional, onde ainda não existem muitas mulheres”, afirma Carina Vitral, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).

UNE E UBES 13-11--2015-17O ato, promovido pela Frente Brasil Popular e composto majoritariamente por estudantes, teve como objetivo lutar pela democracia, contra movimentos golpistas e o avanço da agenda conservadora no Congresso Nacional.

Vitral explica que o movimento estudantil, que já derrubou o ex-presidente da República Fernando Collor de Melo, sabe que para ter um impeachment é necessário haver crime de responsabilidade.

“Não há qualquer indício contra a presidenta Dilma. Na opinião da Frente Brasil Popular e do movimento estudantil, o impeachment, nesse caso, seja sobre o argumento das ditas pedaladas fiscais, seja do ponto de vista do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), seria um golpe contra a democracia”, argumenta.

“A presidenta não cometeu nenhum crime e não está envolvida em nenhum processo”, completa.

O movimento também pediu a saída do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). Segundo eles, o parlamentar representa atualmente o auge do conservadorismo presente no Congresso Nacional ao tentar retroceder nos direitos históricos da juventude e das mulheres.

Várias pautas regressivas foram propostas ou debatidas no âmbito do Legislativo neste ano, como o projeto de lei 5069/13, que dificulta o atendimento da mulher em caso de abuso e violência sexual.

“Para somar à luta das mulheres, o movimento estudantil achou simbólico que a faixa que puxava a passeata fosse carregada por mulheres para representar a luta pelos nossos direitos”, ressalta.

Além da UNE, estiveram presentes a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), a União dos Estudantes Secundaristas do Distrito Federal (UES-DF), União Municipal dos Estudantes Secundaristas do Maranhão (Umes-MA), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União da Juventude Socialista (UJS).

Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias

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